Se existisse imprensa em Portugal, tanto aqueles que realizaram, como aqueles que apoiaram, como aqueles que exploraram, e ainda aqueles que se calaram, todos seriam questionados a respeito das declarações de Noronha do Nascimento, a que se devem juntar as de Pinto Monteiro, que nos revelam como se fez um dos dois golpes de Estado tentados no Verão de 2009. E pelas respostas obtidas ficaríamos imediata e absolutamente esclarecidos quanto ao grau de pulhice de cada um dos interrogados.
Este caso – Atentado contra o Estado de Direito: “Vou jantar, estou estoirado, vou dormir“ – deixou a direita histérica e em modo de linchamento colectivo. Valia tudo, estávamos no nível anterior ao de uma intervenção militar para o mesmo objectivo. Mas colhe recordar que sem a cumplicidade da esquerda tal não teria sido possível, ou, no mínimo, não teria sido possível deixar os responsáveis sem qualquer punição e a continuarem durante 2010 a aproveitar-se dos danos causados – não foi, Pacheco? não foi, Semedo? – chegando os efeitos difamatórios e caluniosos às eleições de 2011.
Se existisse imprensa em Portugal também existiriam decência e coragem em Portugal. Não existem, pela simples, oh tão simples, razão de ser impossível que um país se pretenda digno sem se querer justo.
Ontem à tarde, conversava com uma amiga minha e, já não me lembro como, veio à baila o nome do ex-PM Sócrates. A minha amiga confessou uma certa admiração pelas suas capacidades de governante mas lamentou o facto de ele ser “muiiiiito mentiroso”. Pedi-lhe para me referir uma, apenas uma, das suas mentiras e ela não a conseguiu encontrar no arquivo seguro e farto da sua memória…
Compreendo o desencanto do Vega e a tristeza/revolta do Valupi: na era da informação, nunca foi tão fácil construir um mentiroso e elevar aos altares um bandalho!
a dignidade tem tudo que ver com justiça. e a justiça é muito mais uma questão de ser direito do que de estado de direito.
o noronho tamém poderia explicar porque é que não esclareceu logo o assumpto, quanto tempo levou a chegar a esta brilhante conclusão e se os recatos espirituais para a análise do problema foram subsídiados ou seja, não quis estragar a festa à direita e agora limpa os salpicos do capote.
E o pec IV? isso é que era a salvação de Portugal. Isso e o Luís Figo.
A experiência de Mário já eu a tive mais do que uma vez com amigos ou simples conhecidos com quem conversava. Ela revela, com clareza, a completa ausência de sentido crítico da nossa gente que, sem o mínimo assomo de vergonha é capaz de difamar tão só pelo que ouviu ou leu nos “correios da manhã” da nossa praça, que mais não são do que a…”a voz do seu dono”. Será que a democracia nos condena a isto?!
Um dia teremos a história do golpe de estado. Um dia…só que já será muito tarde.
Pois, assim tipos se o Aspirina fosse um Jornal.
a salvaçao de portugal será com jeronimo a liderá-lo, e com “o avante” a dar noticias do meu pais!
mario,essa estrategia já utilizei varias vezes,e como a si,os acusadores não têm resposta para justificar a sua narrativa.mentiroso é o actual Pm.está tudo gravado,podemos prova-lo daqui a mil anos se a cassete não for destruida!