21 thoughts on “Exactissimamente”

  1. estou de acordo – trata-se de uma violência atroz. no entanto, e ao abrigo da lei, não viola a garantia constitucional de presunção de inocência. e isso faz-me imensa confusão, esta cautela.

  2. a prisão preventiva foi pervertida e é usada como meio de obtenção de prova ou vingança da autoridade, quem se mete com a justiça, leva. depois fazem uma sentença que dê para descontar o tempo da preventiva e se não tinha culpa, passou a tê-la para acerto de contas. não há números porque não convém estragar o esquema, ainda se punham para aí a pedir indemnizações e a responsabilizar a justiça pela merda que faz.

    oh bécula, o que te faz confusão é tropeçares na tua estúpidez.

  3. Ignatz: «depois fazem uma sentença que dê para descontar o tempo da preventiva e se não tinha culpa, passou a tê-la para acerto de contas»

    Nem mais. Se houvesse a mínima procupação com a justiça, e não com o interesse corporativo, juiz que pronunciasse uma daquelas sentenças matemáticas que condenam o preso preventivo que esteve 1 ano, 3 meses e 12 dias na cadeia a uma pena de 1 ano, 3 meses e 12 dias tinha uma investigação às costas e devia correr um sério risco de irradiação da profissão.

    Mas não. Nada. Nós por cá, tudo bem. Com o Casa Pia arrumado, com ou sem inocentes à sombra, e dois ou três «poderosos» humilhados, com ou sem necessidade disso, já se vai poder voltar a reivindicar coisas porreiras para os justiceiros populares (que não devem ser todos, mas são os que se ouvem)…

  4. Dizia o António Campos, à saída da visita a Sócrates que a justiça tinha lançado a bomba atómica sobre a democracia, ao prender Sócrates. Também tenho ouvido e lido que o fim do caso Marquês, qualquer que seja o seu desfecho, vai ser muito mau. Será péssimo apenas para Sócrates, que já está julgado e condenado. Agora só falta saber quantos anos vai ficar na cadeia. Desta vez não vão ficar 27 perguntas para fazer. Mas se vai ser e já é muito mau para Sócrates, para a justiça tanto faz. A nossa justiça está fora da lei, os portugueses já têm essa consciência e aceitam o facto como coisa natural. Quarenta e oito anos de justiça fora da lei com a ditadura foram suficientes para os portugueses aceitarem tudo da parte dos magistrados. Fica-se indiferente quando se mete na cadeia um sem-abrigo que rouba um kg de açúcar num hiper e se manda em liberdade aquele que “desvia” milhões. Sócrates nunca mais vai recuperar o bom-nome que perdeu e os magistrados que o prenderam sabem disso e gozam à farta, estando-se borrifando para a lei que torcem quando querem.

  5. Ó Ignatz, tu até tens graça, mas perde-la toda quando te atreves a ser pimpão com uma mulher que não se esconde atrás de pseudónimo. É uma coisa que me fode, o cobardola rufia.

    Maria Abril, para o Sócrates ser condenado, vai tudo ter de ser muito bem provado, preto no branco, que é o que exigem as pessoas sérias deste país. Indícios e “convicções” não vão bastar. Eu sei que o país não presta, mas se se contentar com menos do que isso, é porque ainda é pior do que cheira.
    E, quanto à sorte de juízes e magistrados que tenham metido o pata na poça neste caso, não estou tão certo do que dizes.

  6. Para Sócrates e aquele do Lena estarem presos, já deviam estar presos para toda a vida os irresponsáveis ministros de Obras Públicas que mandaram fazer o metro do Chiado a Santa Apolónia por ser uma bomba perigosa e biliões em derrapagens.

    Os ministros que fizeram em tempo record eleiçoeiro criminoso, a Expô e a Ponte Vasco da Gama que nunca se saberá os custos derrapados já atraz das grades.

    Idem para os presidentes de càmaras que aprovaram construções em lezírias e até sobre a “Sé de Braga” em dentro do atlântico do minho ao algarve e foram agraciados pelos empreiteiros patos bravos.

    Então o destruidor da Ilha da Madeira, desde os crimes ecológicos, túneis inúteis e obras com custos “desconhecidos” de multi-inaugurações provisórias merecia um estudo universitário de como se pode explicar um dia termos tido um António de Oliveira Salazar.

    Eu disse que não voltava mas estou aqui e não volto tão de pressa.

    Só voltei porque os parvitos do Sócrates e do Passos são vítimas ingénuas que iludidos se armaram em heróis.

    Penso que já caçaram também o Costa.

  7. socrates, é como nosso senhor jesus cristo, está em todo o lado!quando levanta um dedo,está a entrar no cú do alexandre!

  8. Nos últimos anos, por ano, quantos foram os presos preventivos e a sua percentagem no âmbito de todos os presos?

    Está respondido:

    Percentagem de presos preventivos em relação ao total de presos:

    Áustria: 20.1% (1.12.2012)
    Alemanha: 17.1% (31.3.2014)
    Dinamarca: 33.8% (1.9.2013)
    Bélgica: 31.8% (média de 2012)
    Finlândia: 19.7% (1.1.2014 – não incluindo a prisão preventiva em estabelecimentos policiais)
    França: 26.0% (1.7.2014)
    Itália: 33.8% (31.10.2014 não incluindo em instituições para menores)
    Holanda: 39.9% (30.9.2013)
    Noruega: 28.7% (1.9.2013)
    Suécia: 24.5% (1.10.2013)
    Suiça: 40.6% (4.9.2013)
    EUA: 21.6% (2012)
    Portugal: 16.9% (15.11.2014)

    Quanto às preocupações desta gente toda com a prisão preventiva só tenho ma palavra: HIPÓCRITAS. Tiveram tantos anos para abordarem o assunto e só agora é que lhes deu a comoção. Gente nojenta,

  9. oh projecto de canja! se lesses com atenção, tinhas verificado que os números que interessam para analisar a prisão preventiva são os seguintes:

    “. Nos últimos anos, por ano, quantos foram os presos preventivos e a sua percentagem no âmbito de todos os presos?
    . Quantos foram condenados em pena de prisão que tiveram de cumprir?
    . Quantos foram condenados em pena de multa?
    . Quantos foram absolvidos?
    . Quantos viram cessada a prisão preventiva antes de serem julgados?
    . A que tipos de crime se reportou a prisão preventiva e em que tipos de crime se reportou a absolvição?”

    essa treta que botas aí acima serve para sustentar a ideia levitadora “estamos na média europeia”, que é uma maneira de matar a questão à moda de quem não percebe um corno do que se passa na justiça, mas farta-se de arrotar códigos e bolsar acordeões estrangeiros. hipócrita é o galinheiro que frequentas e nojento é ser cagado em vez de ser parido como as pessoas.

  10. Dos 1201 presos preventivos que saíram em 2013, 48 saíram por absolvição.

    O que acho estranho é como é que alguém que se intitula “Magistrado do Ministério Público desde Fevereiro de 1973” no seu blogue, não sabe onde está esta informação .
    Mais estranho ainda, alguém que se intitula “Magistrado do Ministério Público desde Fevereiro de 1973” não sabe aquilo que se ensina nas cadeiras de penal de um qualquer curso de direito: para se analisar a correcção da medida de coação decidida pelo juiz de instrução não é pelo resultado final do processo mas pelos indícios que o JIC tinha ao seu dispor no momento em que decidiu e se com esses indícios a medida decretada era a mais correcta. Se amanhã porventura surgirem indícios que apontem para a não culpabilidade do José Sócrates, isso não belisca em nada o trabalho que foi feito no dia 24 pelo JIC. Interessa os indícios que lhe foram apresentados naquele dia.

    Não menos estranho, como é que a mesma pessoa que em abril de 2012 sabia os números, agora parece não os conseguir encontrar.

  11. poizé, oh pinto, o que interessa é no momento em que o gajo foi preso não havia provas e depois continuou a não haver, mas isso é irrelevante, é a justiça a funcionar. cumpre 1 ano de preventiva revogável por complexidade e no fim não vai a julgamento ou é julgado para abater no tempo que já tem de cadeia. a justiça faz o que quer, não tem que provar nada e não é responsável por nada, portanto, números para quê? só se for para atrapalhar a vocação matemática dos gajos das letras.

  12. ignatz, obviamente que não há provas. A prova faz-se em sede de julgamento. Até lá existem indícios. E neste caso não deviam ser tão poucos para o juiz ter decretado a medida que ele dizia prepotentemente que não tinham coragem de o fazer.

    Mas já li aqui vários textos seus e contudo continuo com uma dúvida. Defende o quê afinal? A abolição da prisão preventiva?
    Do caso em concreto não pode comentar se foi bem ou mal aplicada uma vez que não conhece o processo – o que pode e tem feito é exactamente aquilo que critica aos outros: presumir a culpa do juiz.

  13. … mas os factos conhecidos não apresentam indícios de crime, a não ser que o super-alex, qual inquisidor- mor, os queira imaginar.

    … e também tu, pintarolas, queres revanche política através do Códico Penal. espera sentado.

  14. oh ignatzia, isso quer o gajo, os indícios não são conhecidos oficialmente porque estão a coberto do segredo de justiça e assim se legaliza toda a aldrabice subjacente. só é preciso que a lei existente seja cumprida, o seu cumprimento fiscalizado por gente que não pertence à corporação e quando há erros tem de haver apuramento das responsabilidades e indemnizações.

  15. Ignatz, estava ao lado do juiz quando ele analisou o processo ou mandou um espírito consultá-lo?
    Não acha mais prudente esperar pela decisão do MP para poder mandar os seus bitaites?

    E quanto à minha pergunta nada. Defende a abolição da prisão preventiva? Ou a pergunta tem espinhos.
    Pois é Ignatz, ficou sem argumentos. Agora é só meter a viola no saco e sair em pantufas.

  16. não tem espinhos alguns, já respondi. defendo o cumprimento das leis que existem, o que incluí prisão preventiva. o que não defendo é o regabofe actual, prender agora e investigar depois, segredo de justiça para proteger o investigador, jornalistas assistentes nos processos, abuso de escutas, os abusos de autoridade que passaram a regra, as sentenças inquestionáveis e de moral duvidosa, a justiça ao serviço da política e sentenças por encomenda.

    “Não acha mais prudente esperar pela decisão do MP para poder mandar os seus bitaites?”
    isso era se o mp decidisse prá semana, mas não, o mp tem todo o tempo que for necessário para decidir, convence o preso a declarar-se culpado ou pede pena mínima igual ao tempo que o gajo já leva de gaiola.

  17. oh pintarolas! se os factos divulgados na comunicação social corresponderem ao tesouro do super alex, só por si, não apresentam indícios de crime.
    os amigos do alex podem ter as opiniões que quiserem, até podem ser verdadeiras ou falsas, tal e qual como os “factos” indiciadores de crime produzidos pelas cabritas e cerejos desta vida sobre o assumpto
    oh pra mim a defender a liberdade de expressão desta gentalha!

  18. prender agora e investigar depois

    A partir do momento em que o ouvem ele toma conhecimento da investigação em curso. É constituído arguido (o que é bom pois garante-lhe direitos que sem essa constituição não usufruiria), presente a 1º interrogatório judicial e sujeito a uma medida de coacção. É assim que funciona aqui e em todos os países com sistema judicial romano-germânico (o anglo-saxónico não é tão garantístico).

    segredo de justiça para proteger o investigador

    Mau. Num dia queixa-se que ele está ali trancado e ninguém sabe porquê. No dia a seguir criticam o segredo de justiça. Decida-se.
    Já lhe disse que o segredo é temporário e serve para defender os interesses da investigação (cuja finalidade é apurar a verdade).

    jornalistas assistentes nos processos

    É bom porque assim quebram o segredo de justiça. Essa arma pérfida ao serviço das pessoas do mal, ou seja, dos investigadores (as de bem estão atrás das grades).

    abuso de escutas

    A sério? Conhece alguma escuta em concreto que tenha sido abusiva, ou seja, que o juiz que a tenha autorizado o tenha feito sem legitimidade para tal?

    a justiça ao serviço da política e sentenças por encomenda

    Está a criticar a decisão da prisão do Isaltino? Ai não, desculpe. Esse é do PSD por isso levou o que merecia.
    Está a criticar alguma decisão em concreto e com dados fundamentados ou é mais um espirro nervoso pela desilusão do líder espiritual?

    isso era se o mp decidisse prá semana

    Nem tanto. Aquilo era carregar num botão e a sentença saía do outro lado.

  19. Ó ignatzia isso é “se”. Mas até se saber o “se” não convém cuspir para todo o lado como se já tivesse alguma certeza.

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