Este é o novo rosto da luta contra a censura


«No final da sua intervenção de cerca de 50 minutos, Cavaco Silva deixou um alerta enigmático: pediu diretamente aos jovens “força e coragem para combaterem o regresso da censura”, não especificando a que práticas se referia para invocar a existência de censura.

“Apesar das coisas estranhas que têm acontecido no nosso país, apesar de afirmarem que a censura está de volta, estou convencido de que o portugueses ainda valorizam a verdade, a honestidade e a competência, o trabalho sério, e a dedicação a servir as populações”, disse, limitando-se a sugerir a leitura de um artigo da colunista do Observador, Maria João Avilez, publicado na passada segunda-feira.

No artigo, intitulado “O meu mundo não é deste reino”, Maria João Avilez defende, entre outras ideias, que a “intimidação, a denúncia, a manipulação, a mentira, o escárnio público, abater-se-ão sobre os prevaricadores, qual raio ou trovão. A extrema-esquerda, radical de seu nome próprio, é aliás exímia na aplicação destes instrumentos que manuseia com a habilidade ácida do ódio. Temo-lo visto. É preciso licença prévia para pensar e depois dizer alto o que se pensou”.»


[Sick]

15 thoughts on “Este é o novo rosto da luta contra a censura”

  1. Julgo haver três razões para que este cavaleiro continue a ser noticia: a primeira é a orfandade em que se encontra a direita; a segunda é a erosão da memória das malfeitoria com que nos prendou; a terceira é que partilha mesquinhez e hipocrisia com muito mais gente do que alguns pensam.

  2. Esse sujeito (que já não tem predicados!) dizia, com o seu ar (ainda) professoral que, mais palavra menos palavra: “…pretendem fazer a revolução socialista(???), mas falta-lhes o pio…”
    Sem pio esteve ele este tempo todo e deveria ter continuado sem o dito, porque, ao ouvi-lo, recordei o pior que houve nos últimos tempos no país. Claro que mandou, também, a bicada ao seu sucessor, que, presumo, o vai deixar a falar sozinho, porque desmandos e bocas vindas dali não merecem, por certo perda de tempo

  3. O gozo todo da intervenção desta criatura ,foi quando disse na intervenção de hoje , que em Portugal TAMBÉM há fake news., Finalmente assumiu! Foi um especialista que falou !
    As duas mais recordadas por mim foram a questão do BES e a questão das escutas/inventona.

    O resto são tretas!

  4. Ter tido esse senhor como primeiro ministro e como presidente da república por mais de uma vez, com grandes maiorias, em eleições livres e democráticas, é algo que não devemos nem podemos esquecer, que nos deve preocupar, que nos deve alertar. O retorno do cavaquismo, como acontece com outros ismos, não é uma quimera. Há exemplos. e, infelizmente, não são poucos.

  5. Por muito que me esforce não consigo encontrar cavalaria equivalente, perto dele até as desgraçadas figuras do José Sócrates (e do João Araújo…) desde que saiu de Évora parecem coisa pouca.

  6. Concordo bastante com o texto de Maria João Avillez. A patrulha de Cancio e sua entourage, de que o Valupi de vez em quando faz parte, introduziu uma certa acidez e escárnio, nefastos e, muitas vezes, desnecessários, no trato com quem discorda. Viu levantar-se contra si a mesma atitude, naturalmente. Onde MJA se espalha ao comprido é quando diz “em Portugal nunca se impôs … um jornal ou algo de parecido com um órgão de comunicação social de centro-direita, conservador ou menos conservador”. Escangalhou a razão do queixume.
    Já de Cavaco, acho que ele e Passos Coelho são o seguro de vida da actual esquerda. No dia em que saiam de cena e as pessoas se esqueçam do que os dois fizeram ao país a coisa pode complicar-se.

  7. Cavaco fala, logo existe. Cavaco pensa, logo é único. Cavaco ressuscitou, logo é deus. Cavaco é assim.
    Macron usa Versailles para comparar-se a Luis XIV que se intitulou de “Rei Sol” e Cavaco compara-se a Macron para se comparar ao “rei sol” por que se crê o “Iluminado” que “nunca erra e raramente se engana”
    Ora Cavaco é, precisamente, de todo, o inverso do que julga ser. Nunca leu e muito menos estudou história ou filosofia para entender o passado logo é um zero de compreensão para projectar ideias e fazer algo que seja futuro. Sendo uma nulidade no plano intelectual é concomitantemente uma nulidade no plano do pensamento racional das ligações, comparações, analogias, extrapolações entre passado e futuro de modo a idealizar no presente e produzir saber conceptual. Mas é manhoso à farta o suficiente para dessa fraqueza e incapacidade de pensar fundamentado em conhecimento usar de truques, ronha e sebentas de economia para debicar um linguajar estilo académico que deixe os papalvos de boca aberta e ganhar eleições lançado pelos Salgados e embalado pelos jornaleiros avençados pelo serviço.
    Passo Coelho é, exactamente, o mesmo caso de nulidade de pensamento e conseguiu, pela mesma técnica, enganar milhões de portugueses e também ganhar eleições levado ao colo pelas mentiras que os mesmos jornaleiros avençados ao serviço prestado. Este, sendo ainda mais e maior mentecapto que o mestre, foi mais rapidamente detectado e detestado.
    Ele, segundo ouvi nos telejornais, até disse que “ninguém espere gratidão da política” ou algo de igual sentido. Pois isso quer dizer que o pobre auto-convencido “iluminado” já se auto-convenceu que o futuro lhe vai dedicar umas notas de roda-pé nas páginas negras da História.
    Deixem o homem esperniar que se isso o alivia ainda mais nos alivia a nós.

  8. Censura!?!?!?… Mas não foi um membro de um governo chefiado por Cavaco Silva que cometeu o maior ato de censura praticado depois do 25 de Abril de 1974 ao impedir que um livro daquele que viria a ser o nosso único prémio Nobel da literatura concorresse a um certame literário europeu?
    Nomes
    Do censor: António de Sousa Lara, então Subsecretário de Estado da Cultura (as mãos atrás do arbusto foram as do então PM Cavaco e de Santana Lopes, então Secretário de Estado da Cultura (o tal dos concertos de violoncelo de Chopin).
    Do censurado: José Saramago
    Do objeto da censura: O Evangelho segundo Jesus Cristo candidato ao Prémio Literário Europeu.
    Ano da facécia: 1992
    Consequência da facécia: José Saramago pirou-se para uma ilha espanhola e não mais voltou a residir em Portugal.

  9. Em face das mais recentes previsões relacionadas com a economia anunciadas hoje, só me ocorre um comentário, face ao exposto pelo cavaco: PIU e mais PIU!
    :-)

  10. Para quem já começava a pensar que o trio (troika) Silva, Coelho e Portas tinha sido um pesadelo e não tinha acontecido na realidade, aí está o desmentido na voz autorizada do anteriormente desaparecido Ex-presidente.

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