Estado de golpe

Que aconteceria caso fosse Sócrates a cortar, à doida, 50% do subsídio de Natal, e isso depois de ter dito que nunca o faria, bem pelo contrário? Veríamos Ferreira Leite, com 1 milhão de indignados atrás de si, a descer a Avenida da Liberdade agitando uma fidalga bandeira de Portugal, logo secundada por Pacheco Pereira, lívido de ódio, a bater num bombo para marcar a passada e disciplinar os urros da Grei. A toda a largura da frente da manifestação, uma faixa com os dizeres: Sócrates, assassino! Mataste o Menino Jesus!

E que aconteceria se, passados poucos dias da medida draconiana ser anunciada, sábios estrangeiros viessem comunicar que passávamos a ser lixo aos olhos do mundo civilizado e também da Madeira? O grupo de operacionais Todos pela Liberdade – cerca de 30 patuscos, da extrema-direita à extrema-esquerda, que atrasaram o almoço de 11 de Fevereiro de 2010 para protestarem frente à Assembleia da República contra a asfixia da sua inteligência alvar – seria outra vez convocado para se apresentar ao serviço. Desta vez, o plano passaria por tomar o Marquês de Pombal de assalto, liderados por uma troika de peso: Miguel Relvas-Carlos Abreu Amorim-João Gonçalves. Ali ficariam a mandar sacos de água, ou com outros líquidos, a todos os automóveis identificados como propriedade de militantes e simpatizantes socialistas que passassem na Rotunda, jurando manter a barracada até Portugal apresentar superavit nas contas públicas ou Sócrates ser preso pela GNR e deportado para a Líbia, o que acontecesse primeiro.

O Cavaquistão começou a promover o catastrofismo logo desde finais de 2007, coincidindo com a crise do petróleo e a implosão do seu poder na banca: BCP, BPN e BPP. Em 2008, levou a cabo o bloqueio das empresas de transportes, uma manobra que gerou alarme social, à mistura com ameaças crípticas e senis de golpadas militares com vista à instauração de um Governo presidencial. Cavaco entrou em conflito aberto com o PS nesta corrente de acontecimentos, servindo-se do Estatuto dos Açores para tentar atingir Sócrates com artilharia cada vez mais pesada agora que a Manela estava à frente do PSD. A comunicação social lançou-se em modo frenético de assassinato de carácter, com a TVI dos Moniz e a SIC de Balsemão a porem a carne toda no grelhador, logo seguidas pelo Público, Sol e Correio da Manhã à compita para ver qual deles publicava mais e maiores pulhices. A mancha de comentadores que diariamente, num qualquer órgão mediático, expeliam a sua raiva contra Sócrates, e contra quem o apoiasse ou tão-só procurasse ser objectivo na opinião, foi de uma dimensão nunca vista. Esta direita supinamente cínica e hipócrita, a direita da oligarquia que causa repulsa à direita da aristocracia, travava um combate desesperado.

Felizmente para ela, os imbecis do BE e do PCP alinharam na estratégia de calúnias pessoais e boicotes à governação, dando o poder de bandeja àqueles que fingem abominar. Com a direita, e deste tipo soez em especial, podem eles bem. Haver quem queira aliar direitos humanos, desenvolvimento e liberdade é que não suportam.

21 thoughts on “Estado de golpe”

  1. Pois mas a Manela agora não vem dizer que o passos perdidos «mente». É essa a diferença.

  2. foda-se pázinho viciado na socratinice! a malta estava fodida, pá, daquele ar de pintarola e besugo do teu patriarca,pá, mentiroso até mais não e mesmo por baixo daquele ar armani,pá, sem pinta nenhuma, tresandava a universidade independente, tipo tóxico, pá, meteu os pés palas mãos colhões de vezes, pá, e estava na cara que já tinha há muito ultrapassado o mínimo de capacidade e competência, pá, mas tu não descolas e ainda não aterras-te na realidade, trata-te men

  3. Mesmo que esta historia das empresas de notação ou da puta que as pariu seja uma conspiração contra o euro, nunca vou esquecer a velhacaria praticada contra Sócrates nos últimos seis anos. Foi demais! Foram ultrapassados todos os limites e quem aceita passivamente a sacanice perpretada não é boa gente, porque não se sente.
    Só desculpo os que por ignorancia foram enganados e estes foram todos os que agora ainda não compreendem que a Moody,s ou a puta que a pariu, limitou-se a validar internacionalmente, não só as professias catastroficas do nosso Presidente Cavaco desde há dois anos a esta parte e a confirmaçâo das mesmas em discursos oficiais recentes, de que Portugal chegara a uma situação insustentável e explosiva. Em linguagem económica isto quer dizer bancarrota e, na tabela do ranking, classifica-se como “lixo”.
    Já todos esqueceram e os senhores jornalistas e comentadores arrebanhados foram os primeiros a esconder a memória, de que a oposição berrou a nossa bancarrota, “lixo” para o ranking, aos quatro ventos. Até no PE o senhor Rangel disse que estavamos exactamente como a Grécia.
    Agora fazem-se de puta ofendida. Lixo, lixo, lixo! Foram dois anos a gritar lá fora e cá dentro. Só os jornalistas presos pela arreata não ouviram. Sei que é o seu ganha pão mas, porra, pelo menos disfarçavam qualquer coisa.
    Pensavam que era impunemente que se portavam como velhacos? Traidores mesmo?
    Eu não os desculpo! Só quem não tem nenhuma solidariedade pelos que vão sofrer as consequencias de tal desatino se cala cobardemente.
    Onde estão as almas nobres deste país, da esquerda ou da direita? Como puderam calar-se e consentir? E como podem agora suportar sem uma palavra de condenação esta hipocrisia de quem se fartou de gritar durante dois anos ate chegar ao poder: Portugal é lixo! Portugal está na bancarota!
    Ninguém os podia nem devia impedir de gritar, porque somos livres. Mas podemos denunciar e devemos, aqueles que chamaram o lobo e agora dizem que o lobo é mauzão.

  4. “Mataste o Menino Jesus!”????? Não, nada disso, muito pior: querias obrigar Maria a abortar!.. Seria mais isto, a IVG no seu pleno…

  5. É isso mesmo Mario. Mas tipos como esse luis mota e quejandos, da direita corrupta como os actuais governantes e seu chefe-Silva, são o que são: aldrabões, sem o mínimo de princípios… nada a fazer com essa trampa andante, a não ser, não desanimar e expressar sempre a indignação do mais fundo de nós.

  6. ouve lá ó pazito torres, pá, nã me conheces de lado nenhum, portanto,pá, vai chamar corrupto e aldrabão aos teus camaradas xuxas que foderam este país, pá, tipo bancarrota tás a ver, e continua a chafurdar na socratinice militante que vais longe, pá.

  7. Sócrates tentou o mais que pode a entrada do FMI e estava certo. Ao entrar o FMI vai destruir o pouco que resta de nós, para mais que não temos governantes com capacidade para aguentar a situação.

  8. Pois é Luis, aqui o pessoal do Aspirina é como aquela cena do culto ao Sousa Martins, mais de 100 anos depois do passamento do homem ainda ali vão ao Campo de Santana pôr flores e acender velinhas.

  9. Direitos humanos – nomeadamente os direitos do ser humano António Vara
    Desenvolvimento – na área da colecção de gravadores
    E liberdade – nomeadamente no que diz respeito aldrabar.

  10. Caro Valupi, que nunca as mãos te doam.
    Estes bufarinheiros engravatados, a generalidade dos barões do PSD, a matilha da economia comandada pelo seu duque, a intelectualidade de serviço que já tinha fatura apresentada, os panfletários a soldo, os bloquistas disfarçados de críticos, os críticosa disfarçados de bloquistas, e muitos outros personagens, alguns com altas (ir)responsabilidades na condução do país, andaram por aí e pela estranja a apregoar que estávamos falidos, que sem empréstimos não dobrávamos o Bojador, etc. e tal.
    As Moody’s e correlativas foram descendo as suas notações, o crédito foi-se tornando mais caro até se tornar insuportável graças aos gritos cada vez mais lancinantes da turba.
    Tudo lhes serviu para minar o estado e a governação, desde falsos crimes, passando por verdadeiras mentiras que visavam destruir a imagem de um primeiro-ministro de um país que também era deles, até discursos inflamados eivados de sandices que pressurosos mangas de alpaca faziam chegar ao estrangeiro.
    Finalmente chegaram ao poder!
    Julgaram que com meia-dúzia de imagens e anúncios de intenções o mundo lhes abriria os braços e os cordões da bolsa – enganaram-se!
    Para já, os que os elegeram e os muito mais que não os elegeram já têm imposto aprazado, não os muito ricos e especuladores, mas os que trabalham por conta de outrém e os que declaram ter haveres passíveis de IRS, os outros ficam de fora.
    As mentiras saltam-lhes da boca em catadupa, mas agora já ninguém liga e até acha que não são mentiras, são antes mudanças de opinião ou clarificações!
    Que dizer?
    Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado…

  11. A leitura da certidão de nascimento do Portugal Maravilha, registada em cartório há 6 anos, informa que a desgraça q caiu sobre Portugal só assumiu dimensões apocalípticas porque os portugueses teimaram em morar no país real governado por José Sócrates.

    Se vivessem no colosso q ele inventou, estariam todos bem na vida, usufruindo de um progresso nunca visto por estas paragens.

    Os chatos da União Europei, agências e a srª Merkel, nem se atreveriam a importunar-nos com o défice, dívida externa, ninharias de político medíocre.

    É o que garantem as páginas do segundo dos seis volumes q agrupam os prodígios e milagres coleccionados pelo maior dos destemidos desde D. Fuas Roupinho.

    Depois de localizar os trechos que descrevem o q Sócrates fez para mostrar que sabe até fazer milagres com o dinheiro q não tem, o País constatou que o ex-1ºministro soube como ninguém delapidar vigorosamente as expectativas dos portugueses.

    Jurou pela enésima vez q estava tudo bem com a execução orçamental . Não estava.

    No País de verdade, o FMI é tudo o q ele conseguiu à força garantir.

    A certidão de nascimento do País do faz-de-conta, assinada pelo populista mitómano e rubricada por ex-ministros sabujos, comprova q Sócrates se convenceu de vez q plantar mentiras, dá votos.

    Excitado com a colheita de duas vitórias nas urnas, mandou empilhar num só documento os embustes, fantasias, invenções, bazófias q plantou.

    Vocês, aspirinas lambebotas socrateiros, são os escribas que continuam esta portentosa enciclopédia de fantasia e adoração evangélica. Que os céus da saúde mental vos protejam …

  12. Antes da estrondosa vitória da direita, todos os que escreviam aqui no Aspirina, e em mais dois ou três blogues, desde os autores até aos comentadores anónimos (às centenas e centenas, pelas contas do Pacheco) que não se dedicavam a atacar o Governo, era tudo malta paga que perderia os tachos, e consequentemente o pio, mal Sócrates saísse de cena. Agora que verificam que depois de 5 de Junho nada mudou, que os autores e os comentadores são basicamente os mesmos, acusam-nos de vir aqui numa espécie de romaria. A coisa está a evoluir. Mas deviam pelo menos reconhecer que, ao contrário do que estupidamente acusavam, o fazemos livremente e por conta própria. :)

  13. Está visto que a coerência nunca serviu de cenoura a estas cavalgaduras.

    Os que até há um mês pregavam sermão e missa cantada até à excomunhão, a quem ousasse sequer acrescentar uma vírgula às ratings, agora caracterizam essas decisões de escandalosas para cima.

    Até o cachopo do Barroso já tem voto na matéria, vejam só… Eles não sabem diferenciar entre pimenta e conhaque, é o que é. E quando lhes dá na mona, voltam de rabeca e violão.

    Depois da rica merda que estas alminhas todas têm estado a fazer na Grécia pedem complacência, boa vontade, talvez mesmo misericórdia aos mercados. E dinheiro. Como se isso jogasse tudo umas coisas com as outras, assim…, à vontade.

    Pois claro, mandem toda a gente estudar porque o que não falta é ignorância e insegurança.

    Nem o Presidente soube justificar às crianças o motivo para desempenhar as suas funções actuais. Teve que ser a mulher a soprar-lhe ao ouvido que era por serviço público. A vocação dele era professor.

    Que pena mais um erro de casting. Teve tanta oportunidade para ensinar a Europa e o Mundo a perceber de mercados. Assim, temos por lá o Barroso a tirar macacos do nariz. É a nossa gala.

    A boa nova é que para quem nos governa ainda não existe, se quer, crise internacional. Por enquanto, isso são só bochechos, de boca, sem mais.

    Talvez no final do ano, e com as estatísticas, possamos ter um lamiré sobre isso.

  14. Por mim, a próxima Revolução era já amanhã. Mas, desta vez, incluindo o item, “Campo Pequeno”, a cargo do Otelo, o tal que ficou por executar na outra.

  15. Ó cornudo Kaltmann, se queres ser toureado pelo otelo ou outra vetusta besta do prec, tens bom remédio: juntas a família e amigos, eventualmente a boiada do partido ou do clube de cornudos de que fazes parte, e faziam uma granda rave … diverte-te fdp

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