Eduardo Dâmaso, o nosso herói contra o populismo

A mulher do mais forte candidato da direita francesa às presidenciais, François Fillon, recebeu 600 mil como assessora mas nunca meteu os pés no Parlamento. Antes da mulher de Fillon, os franceses pagaram a família secreta de Miterrand, as amantes e as negociatas de Chirac, os escândalos africanos dos amigos de Giscard. Para quem se queixa do populismo judicial e mediático - só quando tribunais e jornais destapam os escândalos do poder -, convém lembrar que a essência do populismo está na política e nos seus atores. São os seus pecados, que as elites tendem a minimizar, que transportam o ovo da serpente. E ela está a nascer por todo o lado.

A origem do populismo

__

Solução do Dâmaso para acabar com o populismo: limpar os “pecados” dos políticos através da grande aliança jornaleiros-justiceiros. Quais políticos? Os que os jornaleiros-justiceiros escolherem. Por agora, os “pecados” têm estado a ser “destapados” no PS, esse covil de ladrões. Mas as coisas poderão mudar noutras circunstâncias, pois é preciso que algo mude para que tudo fique na mesma, como observou um génio.

O que o Dâmaso e equipa defendem, divulgam e praticam consiste na ideia de que a Constituição, o Estado de direito, as autoridades judiciais e policiais e ainda os partidos com representação parlamentar, não passa esta mixórdia de um gigantesco logro ao serviço sistémico da corrupção nascida dos “pecados” da classe política. Logo, o combate contra este império do mal faz-se individualmente e sem qualquer respeito pela Lei (a qual, óbvio, foi criada pelos criminosos para se protegerem). Daí a exaltação panegírica de certos procuradores (de certo) e de certos juízes (de certo), juntamente com a debochada auto-elegia diária onde o esgoto a céu aberto se declara o paladino do bom e puro povo sedento de justiça e fogueiras.

Até agora, este número do Dâmaso está a ser um sucesso esmagador.

34 thoughts on “Eduardo Dâmaso, o nosso herói contra o populismo”

  1. ” Logo, o combate contra este império do mal faz-se individualmente e sem qualquer respeito pela Lei (a qual, óbvio, foi criada pelos criminosos para se protegerem)”

    Em que parte do texto é que isto vem escrito ?

    Ah, espera, ja percebi, este post é sobre a estupidez de quem caricatura as pessoas que pretende combater em vez de argumentar, de quem prefere invectivar a dar-se ao esforço de ler, de quem acredita que, muito melhor do que procurar compreender um ponto de vista, sai mais barato desatar imediatamente aos tiros. Fui acusado de corrupção (ou foi acusado um amigo meu), logo, a corrupção não existe…

    Em suma, um post contra os media populistas do tipo aspirina da manhã…

    Boas

  2. O Correio da Manhã defende o jornalismo como atividade rentável e pretende que a área seja autoregulada: há que pagar o salário dos mediotas e de outros drones da (in) cutura portuguesa. Uma “raça” a condenar recorrentemente em tribunal, até que haja alguém que retire àquele grupo de “domésticas maldizentas” a incapacidade jornalística. Um “must” da septicémia pasquinesca, que pode continuar a recrutar em estações televisivas os perfis que lhe dão nome. Sugere-se uma tal Alexandra Borges, perita em misturar os “alhos e os bogalhos”, para lhes chamar “negócio”.

  3. Uma leitura atenta do dâmaso, retórico manhoso, mostra claramente que ele não está contra o populismo, pudera, pois se ele se alimenta-se e vive, precisamente, do populismo rasca que enche as páginas do seu tablóide de faca na liga.
    Ele diz que a “essência do populismo está na política e não nos seus actores” e antes cita alguns actores do leque ligado ao poder político há décadas. Quer dizer, portanto, que o populismo são os velhos actores e por, contraponto, haverá outros actores que não são populistas e ele, claro, está do lado dos não populistas, dos sãos, dos puros e não corruptos.
    Mas, se o populismo que ele identifica com corrupção visto os exemplos que dá neste texto e descreve diariamente no tablóide, tem o fundamento na política e não nos actores, então, quer dizer que a corrupção é simplesmente uma questão de oportunidade; logo que os novos actores políticos cheguem ao poder, necessariamente, devido à essência da política tornar-se-ão populistas e corruptos.
    O que o velhaco dâmaso pretende é tomar-nos por parvos, ele sabe que é o populismo (política de engano) que é fundamento da corrupção pois, o populismo já é si uma política corrupta de corruptos e para corruptos numa balda de corrupção em cadeia.
    O dâmaso pretende sacudir a água do capote, limpar o populismo gigantesco que pratica diariamente e serve para tapar a gigantesca corrupção do pessoal amigo atirando-a para cima do pessoal inimigo. Assim trata casos de pura índole moral, e às vezes nem isso são, como alta corrupção e os de flagrante ou evidente pura e dura alta corrupção como normais ou mesmo os omite.
    A corrupção é, no Estado de Direito, combatido pela Lei e onde o populismo, contra a política, do dâmaso nos quer levar é para o Estado justicialista onde o populismo-corrupção está na sua génese e é o leit-motif de sua atenção e actuação.

  4. «O que o velhaco dâmaso pretende é tomar-nos por parvos», ó vô-vô isso está garantido no teu caso.

    Larga a algália, José Neves.

  5. O gajo do pasquim poopolista mistura casos de corrupção com as amantes dos políticos – tudo pago pelos franceses, diz ele. Ganda tosco!

  6. Ele diz que a “essência do populismo está na política e não nos seus actores”

    Não sei o que ele diz, mas o que esta escrito no post e no texto linkado é precisamente o contrario…

    Boas

  7. neste post é um bom exemplo das elites ( o cultus civis, politico, cosmicus et magnus orator Valupi) a minimizar os pecados daqueles que já nem se preocupam grande coisa em os esconder : afinal o castigo é leve , é nas urnas , e não com urnas , como no tempo em que havia homens.

  8. não faço ideia que narrativas tinha o homem na cabeça mas uma coisa é mais do que certa: o exemplo tem de vir de cima e é, de facto, chocante a forma como os que governam a Cidade se permitem, em tantos casos – aqui e além fronteiras – viver à lupa do povo como vivem no escurinho. isso é cagar, no capital humano da nação, em nós.

  9. http://md0.libe.com/api/libe/v2/paperpage/238737/?format=jpg

    «L’ASSISTÉE PARLEMENTAIRE | Le scandale grossit autour des emplois présumés fictifs de l’épouse du candidat LR à la présidentielle», editorial no Libération de hoje sobre este assunto.

    «Instrumentalisée, la justice?», ops? «Déclarations contradictoires, contre-accusations outrancières, dénonciation des “boules puantes”», olha lá isto! Mais ainda: «les contrôles sont faibles ou inexistants et que “tout le monde le fait”, selon le sophisme bien connu»? Olha lá, menino! Não é que tu, na verdade, consegues ver aqui também o labor do Valupi e da Penélope (antes na sua quase totalidade, agora regurgitando espaçadamente!) durante as suas fases obsessivas sobre a Operação Marquês? Idem, a estratégia errónea seguida pelo ex-PM durante os longos meses que leva a fazer não sei o quê? E que dizer da troupe reconhecidamente dos deserdados pelo ex-PM aqui no Aspirina B, que ontem e hoje se afligiram com o aeiou? Olha lá, menino!… Desopilemos, pois.

    ÉDITORIAL

    Par LAURENT JOFFRIN

    Rare

    Instrumentalisée, la justice? La célérité avec laquelle le parquet financier s’est saisi de l’affaire Fillon est certes inhabituelle. La justice, en général, impose son «temps» selon la formule consacrée, qui se soucie fort peu des phénomènes d’opinion. Mais François Fillon a tort de s’en plaindre: d’abord parce que le parquet financier a été justement constitué pour traiter ce genre d’affaire. Ensuite parce que le candidat LR a demandé lui-même à être entendu le plus rapidement possible. On ne peut se gendarmer à la fois de la vitesse et de la lenteur… La clarification est nécessaire. Depuis deux jours que le Canard enchaîné a donné l’alarme, la défense publique du camp Fillon est d’une insigne faiblesse. Déclarations contradictoires, contre-accusations outrancières, dénonciation des «boules puantes» alors que tout candidat à la présidentielle sait parfaitement, bien avant de se lancer, que son comportement politique et financier sera évidemment scruté par ses adversaires, autant que par ses concurrents du même camp. Outre ses explications sur TF1, à la fois sincères et floues, François Fillon a pour lui un argument: c’est la première fois qu’il est mis en cause pour une irrégularité financière supposée ou réelle. La chose est suffisamment rare pour être soulignée. Mais on craint aussi, si les faits –ou leur absence, en l’occurrence– étaient établis, qu’il ait été la victime consentante de coutumes relâchées dont la fréquence n’atténue pas le caractère critiquable: celles qui consistent, pour certains puissants, à considérer qu’on peut s’arranger dès lors que les contrôles sont faibles ou inexistants et que «tout le monde le fait», selon le sophisme bien connu. On sait que l’Assemblée se contrôle elle-même, ce qui laisse une latitude excessive aux députés et aux sénateurs. Encore une réforme qui devient urgente.

  10. Realmente diz que o populismo está na política e nos seus actores.
    Mas isso não muda em nada a questão apenas a torna mais radical, populista e demagógica ao atribuir uma essência, a mesma, a duas entidades sendo que uma delas, o populismo, é um conceito inteligível sem realidade existencial. A “essência” é o irredutível e imutável pelo que uma pedra tem mais “essência” que o populismo dado que existe, sem mais.
    O que o velhavo dâmaso sabe de experiência feita é que a essência (no sentido de essencial) de tudo o que acontece está nos homens e é uma projecção do ser dos homens nas suas obras e acontecimentos. Mas está em todos os homens e essa essência tanto está nos políticos como nos juizes, nos magistrados, nos economistas, pensadores, opinadores, escritores ou jornalistas.
    E como jornalista da política é, ele também, um actor político sujeito ao populismo e corrupção e até muito menos escrutinado. Mas como velhaco que é sacode o populismo e corrupção do seu capote e atira-as para cima dos que o acusam querendo passar por cavaleiro do justicialismo. E fá-lo servindo-se do maior populismo e demagogia no pasquim onde pasquina diariamente.
    Hoje mesmo o ex-secretário de Estado da cultura cita o dâmaso fazendo-se passar, tal como o citado, por justicialista sabendo nós que houve corrupção da grossa na aprovação, por si, da exportação do “crivelli” contra todos os pareceres dos seus colaboradores. Ambos são contra os políticos e a política mas, coincidência incrível, sempre contra uma certa política e políticos em favor de outra política e outros políticos.
    O velhaco dâmaso faz parte dos parasitas cobardes que vivem de apenas produzir conversa acerca da obra dos políticos e não têm a coragem de irem a votos, com suas “brilhantes” ideias, para produzirem as “brilhantes” obras que exigem aos outros.
    Ao menos façam como trump.

  11. José Neves, larga a algália como diz o outro.

    éstrampa, larga o homem que o tipo é hetero (e hetedodoxo, também)

  12. “Abc”, vexa distrai-se continuamente – “soistrampa”, é o nome ( e com consideração), pois que não circulo pelos corredores dos “costalhas” onde tudo é varrido a “camarada” e pousa com foice e martelo, num ambiente de “tu cá, tu lá”, com colarinho aberto e manga arregaçada. Mr. Trump ensinará aos “new burros” como estar e como gerir e como mandar nesses párias que comem de quem trabalha.

  13. […]
    «Apontamentos, alguns. Que um ex-PM no espaço que mediou entre uma derrota eleitoral e o próximo ano de 2017, com o interlúdio que constituíram as suas idas e vindas de Paris, se tenha permitido, em grande parte por culpa própria, ser olhado assim miseravelmente pelos seus contemporâneos (um caso é pior que o outro e o outro é que é o pior é certo, mas os três são péssimos) demonstra uma resistência política frágil como o vidro, desfaçatez e uma inconsciência pueril de um tipo que quereria permanecer eternamente num jogo de ilusões, que insistia em enganar os demais (ou de os trair, na verdade) e, o que é mais importante, de confirmar levianamente sem disso se dar conta o pior do que sobre si foi sendo dito em voz alta durante bastante tempo. Isto tudo pesado, e por consequência, acabará por fixar José Sócrates na memória dos portugueses como alguém que, em dado momento e perante circunstâncias vá lá “anormais” (parecendo sem forças para lutar de igual para igual contra um imperdoável “erro” do sistema judicial e, ainda, sem um único ponto de fuga possível já que foi diariamente acossado durante a primeira fase em que permaneceu sob detenção, o que seguramente condoeu parte da opinião pública em seu favor, ou por culpa dos deuses ou de uma mortal conjugação astral ou, ainda, digamos que por vincada natureza clínica depois de ser libertado quando lhe deverão ser assacadas as responsabilidades por ter enjeitado todas oportunidades para se defender convincentemente), dizia eu, deixou a sua “performance” pública transitar num curto lapso temporal de um estado infanto-juvenil para chegar a lugar nenhum (ou a um estado de precoce senilidade intelectual, se quisermos). Ou seja, e juntem-se se forem necessárias algumas provas: não tendo aparentemente qualquer noção de que, a cada aparição no espaço público tratando-se de um pós-PM publicamente indiciado por evasão fiscal, branqueamento de capitais e corrupção dando-se ares de divertido no cumprimento estratégico de uma qualquer procissão sem norte, acabaria por se revelar, afinal, como sendo uma moeda “gasta” sem valor corrente a quem a história lhe reservará apenas, o que será inevitável, um tempo mais ou menos longo para agitar o que foi o seu mundo e recordar confusamente o passado durante a velhice.

    Os enfins são vários, e não o invejo.»

    Senhores, por falar no Libération e sobre o caso que atingiu politicamente em cheio o discurso de Fillon em França deixo também um copy do editorial de ontem. Claro, claríssimo, e serve para se construírem óbvias pontes com o comportamento de…. José Sócrates. Palavra-chave, ontem como hoje: «expliquer»! Palavra-chave sobre o ex-PM, é ver o que eu escrevi algures no Aspirina B.

    ÉDITORIAL

    Par LAURENT JOFFRIN

    Expliquer

    «On n’imagine pas le général de Gaulle mis en examen», disait François Fillon. On n’imagine pas non plus Yvonne de Gaulle accusée d’emploi fictif. Le mâle aphorisme de celui qui n’était encore qu’outsider pour la primaire de la droite était une flèche empoisonnée tirée sur Nicolas Sarkozy. Le mot avait marqué les esprits et contribué au retour en force de François Fillon dans la compétition, jusqu’à la victoire, acquise en partie grâce au rejet dont pâtissait l’ancien président de la République. Par un ironique caprice du destin, la flèche revient vers l’envoyeur. Bien sûr, le couple Fillon peut encore produire des éléments précis et convaincants qui démontrent la réalité du travail fourni par Penelope Fillon à l’Assemblée. Dans ce cas, la polémique fera long feu, même si certains pays interdisent l’emploi d’un conjoint dans les assemblées élues. Mais s’il se confirme, comme le soutient le Canard enchaîné, que la présence de Penelope Fillon au travail est aussi mythique que la tapisserie de son homonyme de l’Odyssée, le candidat LR se retrouvera au cœur d’une tempête difficile à apaiser. Il a en effet construit, non seulement son programme, mais aussi son personnage, sur les idées de rigueur, de sobriété, de sacrifice financier et de morale publique. Difficile, dans ces conditions, d’invoquer les pratiques parlementaires fré- quentes, qui consistent à embaucher tel ou tel membre de sa famille pour un travail dont, souvent, on ne contrôle guère la réalité. Il ne suffira pas non plus de dénoncer les «boules puantes» qui infestent régulièrement les campagnes politiques. Le parfum désagréable, dans cette affaire, ne vient pas de l’opposition ou de la presse, mais des intéressés euxmêmes. Un peu comme un prêtre pécheur, François Fillon doit expliquer ses contradictions aux fidèles. A trois mois du scrutin décisif, l’exercice est périlleux.

  14. Giorgio, prosas bem mas isso é dar pérolas a porcos (também em Mateus, Capítulo 7, versículo 6).

    Conclusão, de um tipo minimamente cosmopolita que aterre em Lisboa (o Hollande até esteve cá:
    – A troupe do Aspirina B não nos entende, não sabe ler francês.

    Conclusão, de um tipo português que até faz uns zappings no Aspirina B:
    – É verdade mas o que a troupe do Valupi não sabe ler, nem sequer o aeiou.

  15. Conclusão, de um tipo português que até faz uns zappings no Aspirina B:
    – É verdade mas o que a troupe do Valupi não sabe ler [é nada], nem sequer o aeiou.

  16. Olha, Valupi, se perceb bem parece que o Eduardo Dâmaso te mandou dar uma banhoca ao Ignatz…

    Segredos da justiça

    Eduardo Dâmaso

    Director Adjunto do Correio da Manhã

    Vão dar banho ao cão

    Porque é que Ricardo Salgado transferiu 12 milhões de euros para
    alguém que não conhecia de lado nenhum? Transferiu muito mais do que
    12 milhões no processo Marquês, mas
    aqui só nos interessa esta pequena esmola a um desconhecido. E porque
    pediu Salgado a Hélder Bataglia que
    fosse seu testa-de-ferro e usasse uma
    conta pessoal para transferir os 12 milhões para o outro testa-de-ferro, Carlos Santos Silva, o grande e generosíssimo amigo de Sócrates? Já agora,
    porque foi o bom do Santos Silva pedir
    ao seu velho amigo Joaquim Barroca,
    patrão do Grupo Lena, que desse um
    jeitinho e lhe emprestasse uns papéis
    em branco para os 12 milhões passarem discretamente pela sua conta na
    Suíça? E por que diabo precisaram de
    arranjar uns contratos manhosos sobre coisas nunca feitas? Enfim, porque
    andaram algumas destas personagens
    a contar umas patranhas sobre a origem dos 12 milhões quando, afinal, é
    tudo clarinho como água: o dinheiro saiu do famoso saco azul da família
    Espírito Santo, como muitos outros
    milhões para muitas outras personalidades? Afinal, porque se deu esta gente
    a tanto trabalho para esconder a massaroca? Sofrerá Salgado da síndrome
    da filantropia envergonhada? É generoso comos amigos, mas não quer que
    se saiba? Pensarão que somos todos
    parvos e que ficamos baralhados com
    o palavreado dos papagaios que os
    defendem nos jornais e televisões, ungidos pelo bálsamo da pureza originária!? Porque é que não vão mas é gozar com a avó deles? Então, a quem aproveitou tanto crime na vampirização do
    Estado naqueles fatídicos anos de Sócrates em S. Bento? Foi ao povo português ou ao senhor Salgado? Quem desnatou e despachou a PT? Vão mas é dar banho ao cão…

  17. foi desta que o batalha confessou que pagou ao sócras as comissões dos submarinos que a paulette comprou aos alemães da thyssenkrupp quando era ministra do estrado e defesa nacional do governo zé manuel.

  18. Caso BES: Segredo de justiça prolongado até setembro de 2018

    Se calhar, desmiolado, até porque desde ontem que o maná sobre o BES está sob o segredo de justiça de longa duração. Maldades do tipo do super-TIC e dos ainda mais malvados do MP.

    Por falar em malvados, toma lá à borla.

    Sentado em frente a José Sócrates numa pequena sala de interrogatório situada no Campus de Justiça de Lisboa, o procurador Rosário Teixeira quer saber tudo sobre a relação do ex-primeiro-ministro com algumas figuras fundamentais para descodificar o alegado esquema de corrupção em que o socialista estará envolvido. Já lhe falara do seu amigo Carlos Santos Silva, do seu primo José Paulo, do líder do Grupo Lena, Joaquim Barroca… Estava na hora de passar a outro nome.
    – O senhor conhece o senhor Hélder Bataglia e…
    Sócrates interrompe. Acha que o investigador está a tentar apanhá-lo em contradições.
    – Ó senhor procurador, eu já respondi a essa pergunta no primeiro interrogatório e o senhor está bem lembrado. Não vamos começar com perguntas tipo andar à pesca para ver se…
    – Não, não, não, não…
    Sócrates está notoriamente agitado…
    – Peço-lhe por favor que não entremos por aí!
    … mas Rosário Teixeira, experiente investigador e líder da operação Marquês, não se deixa intimidar.
    – Pronto, eu faço-lhe as perguntas, o senhor tem o direito de responder ou não responder…
    – Eu não respondo a perguntas que… Eu sei muito bem, senhor procurador, e aprendi ao longo destes seis meses, que eu devo servir a justiça. E devo servir a justiça defendendo-me. Defendendo-me, senhor procurador! A minha primeira defesa é pedir ao Ministério Público (MP) que não ande à pesca.
    Rosário Teixeira insiste. Quer clarificar ao detalhe a relação entre José Sócrates e o empresário luso–angolano. É uma das chaves da investigação. Não deixará que o ex-primeiro-ministro fuja à pergunta. E Sócrates não foge.
    – Conheci-o nos últimos anos e estive uma meia dúzia de vezes, não sei precisar quantas, em ocasiões sociais, nomeadamente com a minha família. Porque o senhor Hélder Bataglia é pai da filha da minha prima. Da minha prima, a Maria Filomena, irmã do José Paulo Pinto de Sousa. São meus primos direitos. E ele teve uma filha fora do casamento, que se chama Maria, que é minha prima em segundo grau.
    Explicada a relação familiar indirecta, Sócrates passa para o que sabe interessar verdadeiramente a Rosário Teixeira.
    – Sei também que está em negócios com o meu primo. Não sei mais nada, senhor procurador, nada mais. E quando o senhor procurador fala aqui de Vale do Lobo, não faço ideia quem são os accionistas de Vale do Lobo. Não faço ideia do que se passou com Vale do Lobo (…); o senhor está a dizer que houve corrupção por aprovação do plano regional e isso é mentira, senhor procurador, e não se faz uma afirmação destas sem que o senhor procurador diga: ‘Olhe, tenho aqui estas provas, tenho aqui estes elementos que contrariam o seu o seu o seu ponto de vista’.”
    […]

    O interrogatório terminou, Sócrates regressou à cadeia de Évora e muitos meses passaram sem que os investigadores conseguissem cumprir um objectivo fundamental: interrogar pessoalmente Bataglia para o confrontar com as declarações do ex-primeiro-ministro e com todos os indícios que sobre ele possuíam.

    Tête-à-tête no dia 27 de Maio de 2015, escreve a Sábado deste 26.1.2017.

  19. depois o róró pediu à Interpol um mandado de detenção internacional do batalha que ficou de quarentena em angola até negociar a ilibação total a troco de testemunho que valide as teses da acusação do mp na operação marquês. azarucho, o gajo não se lembra do número da conta do sócras e os papéis que tem só servem para o incriminar a ele aos seus amigos do bes. esta negociata entre o ministério público e o batalha deveria ser investigada, como disse o salgado.

  20. Coitadinho, Ignatz, toma lá uma toalhinha também à borla para não te constipares.

    Um investimento inicial de apenas
    120 mil euros emprestados
    por um banco foi quanto terá bastado
    a Diogo Gaspar Ferreira, administrador
    do complexo de Vale
    do Lobo, no Algarve, para adquirir
    e passar a controlar, em 2007,
    um dos maiores empreendimentos
    turísticos do país. É esta a conclusão
    do Ministério Público, no
    âmbito da Operação Marquês.
    O SOL sabe que autoridades
    reuniram provas de que os encargos
    e o risco do negócio, de quase
    300 milhões de euros, ficaram todos
    por conta da CGD. A equipa
    que investiga o caso estará convencida
    de que isso só foi possível
    graças a alegadas decisões políticas
    e de gestão de José Sócrates e
    de Armando Vara, que terão recebido,
    cada um (Sócrates, segundo
    o MP, através de Carlos Santos Silva),
    um milhão de euros de ‘luvas’.
    Ouvido pelo Ministério Público
    sobre esta questão, Vara recusou-se
    a falar. Quando questionado
    pelo juiz Carlos Alexandre reiterou
    que não se pronunciaria
    sobre o tema do dinheiro.
    Até hoje, a CGD não terá recuperado
    um cêntimo do capital investido
    e Gaspar Ferreira continua
    à frente do empreendimento,
    sendo arguido na Operação Marquês,
    tal como Vara, Sócrates e
    Santos Silva. Aliás, Vale do Lobo
    – do qual o banco público se tornou
    simultaneamente acionista e
    financiador, contrariando as boas
    práticas de gestão bancária e passando
    por cima de alertas internos
    sobre o risco da operação – é o
    terceiro maior devedor da Caixa.
    O empreendimento representa
    uma fatia significativa do total de
    (pelo menos) dois mil milhões de
    euros de imparidades que o banco
    público tem para resolver. E as
    provas reunidas pelo MP apontarão
    para eventuais responsabilidades
    de Armando Vara, então
    vice-presidente da CGD, pela decisão
    de entrar num negócio duvidoso,
    e de José Sócrates, na altura
    primeiro-ministro, pela intervenção
    política junto da
    administração do banco.

    É fresquinho, de hoje.

  21. é requentado de vários anos, mas o sol nasce todos os dias para os parvos de sempre. o protal já foi posto de parte por ser uma imbecilidade com pés de alex e cabeça de róró. faria de oliveira já explicou essa cena dos empréstimos da caixa e disse que todos os negócios comportam risco, neste caso levaram com a crise da bolha.

  22. Mas então, quem é o cabeça do polvo? O salgado? O lalanda e Castro? Ou o paneleiratz?

    Alguém me esclarece? Tanta gente com conhecimentos de “links” e ninguém me elucida?

  23. O bichignateze sempre teve jeito para o contrabando. O tipo continua a atravessar as águas europeias e não sabe que isto agora é tudo da merkel e nós pagamos, sem o contributo dos comunas…mas somos autorizados a passar as bordas sem passaporte.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *