Desafio ao Pacheco Pereira

É interessante ver a sanha com que Manuela Ferreira Leite é atacada pelos donos e empregados das agências de comunicação que pululam nos blogues, muitas vezes sem se identificarem como tal. Compreende-se bem: para eles seria insuportável que um político obtivesse resultados sem a ajuda dos “profissionais” de comunicação.

Quero saber quem são esses donos e empregados das agências de comunicação que não se identificam como tal. Quero saber o que justifica o uso do verbo pulular. Quero saber de que blogues falas. Quero saber se os requisitos para ser suspeito de ter emprego em agências de comunicação se resumem à publicação de opinião contrária aos interesses de Manuela Ferreira Leite ou de quem a apoia. Quero saber se vais denunciar os casos, presentes ou futuros, em que as agências de comunicação trabalham para políticos e empresários do PSD. Quero saber se és responsável pelas tuas palavras. Quero saber se estás a dizer a verdade ou a mentir.

60 thoughts on “Desafio ao Pacheco Pereira”

  1. Quantos são, quantos são?
    Atão o nosso ilustre colega decidiu abrir uma caça às bruxas blogueira?
    Na contagem de espingardas podes contar com as mandíbulas do teu fiel tubarão, Val.

  2. shark, quando eu der sinal, atacamos à molhada.
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    Comendador, também estás convocado. Ficas encarregue de arranjar os charutos.
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    Ibn, assenta, pois. Daí a reacção. É lógico. E tu chegaste logo lá. Parabéns.

  3. E és dono ou empregado?

    Não me admira nada esta nova caça às bruxas pululantes desencadeada por Pacheco, o bloguista sem caixa de comentários que não se cansa de atacar os blogues. Nada me admira da parte de um gajo que em 1973 disse que o livro de António José Saraiva ‘Maio e a Crise da Civilização Burguesa’ era um livro para QUEIMAR. Este pseudo-bibliófilo, na realidade um queimador de livros, ainda não se retractou dessa afirmação. Toda a gente muda de ideias com a maturidade, mas pouca gente muda de instintos. Ao teu desafio, val, acrescento este: retracte-se, sr. Pacheco, demarque-se da queima de livros de que não gosta.

  4. Ah ok, eu julgava que a sua reacção seria por interposta pessoa, afinal estava enganado.

    Agora o que jamais imaginei foi que eu tivesse receio dos comentário, há quem diga que são desempoeirados, do JPP.

    Deixe lá não se intimide, por muita razão que o o PP tenham relativamente a uma turba de seguidistas encabrestados, mesmo que se aplicasse, mas que eu sei que não aplica, faça de conta que não viu nem leu ;-)

  5. Nik, sou empregado, mas sinto-me com vocação para dono. Quanto ao que trazes, e que eu desconheço, é muito bem lembrado como sintoma. De facto, usar a fórmula do “eles andam aí, disfarçados!” é sempre mau sinal.
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    Ibn, desculpa lá: fazer de conta que não vi nem li, seja lá o que for, nem como receita médica.

  6. Então se não lhe doí por que se queixa? Ou seja identifica-se com as declarações do PP? Olhe não li ainda as declarações, mas em abstracto concordo com ele! há hoje uma nova forma de comunicar e parecer espontâneo. Esse fenómeno é hoje bem conhecido e têm uma série de nomes a começar em Astroturfers, Trolls, etc ….
    Veja se se encaixa em algum deles ;-)

  7. Ibn, se continuares a concordar em abstracto terás rapidamente que enfrentar problemas muito concretos. Tens é de te habituar a ler e a pensar, por ti. Pode parecer difícil ao princípio, mas só requer prática.

  8. Mas em concreto, não me diga que desconhecia este fenómeno amplamente divulgado e estudado? Então qual é o problema? Este tipo de gente existe de todos os lados da barricada politica, comercial, tecnológica, desportiva, etc.

    Portanto, o que JPP diz não é mais do que constatar um facto. Existe igual fenómeno em sentido contrário, por isso é que eu gosto de visitar alguns blogs em que aparecem uns comentários de gente supostamente pertencentes à “maioria silenciosa”.

    Por muito que lhe custe aceitar esse fenómeno desacredita muitos dos blogs que se querem sérios! E que pretendem dar opiniões isentas, mas ninguém isento apontando sempre no mesma direcção, por vezes com discursos pouco consistentes!

    Quer mais concretizações? o Valupi é um Astroturfer? Quer queira quer não queira essa é uma dúvida aceitável! Não concorda?

  9. nik
    tens a certeza desses factos? palavras, datas, é tudo exacto?
    pergunto com genuíno interesse e sem qualquer ironia.

    val,
    um post do caralho, é o que é.
    e tão simples…

  10. Antão, o que dizes é razoável, mas não deveria ser dito pelo Pacheco Pereira em público. Porque – e não tens como fugir à evidência – trata-se de uma difamação. Se há um “fenómeno amplamente divulgado e estudado”, onde estão esses estudos, informações e identificações? Dizer-se que “pululam” agentes anónimos nos blogues ao serviço sabe-se lá de quem (mas que, no contexto do Pacheco Pereira, remete inevitavelmente para o PS, Governo, Sócrates e respectivas figuras “sinistras” – ou, então, de Menezes e congéneres ou similares) é uma declaração que exige responsabilidade. Sob pena de ficar carimbada como suspeita generalizada e infame. Quererá Pacheco Pereira ser o Octávio Machado da política, o qual denunciava o “sistema” e via malas pretas a passarem de mão na Bairrada, ou lá onde era, mas que nunca se chegou à frente com um nome, nisso sendo conivente com o mesmo “sistema” que o fez e alimentou? Se é por aí que quer ir, acabará em breve sentado num tractor calçando galochas.

    Quanto à possibilidade de eu ser um Astroturfer, é uma dúvida aceitável, concordo. Enfim, como discordar de uma dúvida dessas?!… Impossível. Fica para os interessados a resolução do enigma, mas informo que não perco uma caloria com essa eventual suspeita. Mas é precisamente pela toxicidade desse tipo de suspeitas, as quais podem ser antidemocráticas e visarem a liberdade de expressão, que Pacheco Pereira devia dar melhores exemplos.
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    Rui, criaste uma verdade universal: se é do caralho, é simples.
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    Fedestroika, grande ideia!

  11. Quanto aos “estudado” basta fazer umas pesquisas por astroturfer e logo verá.

    Quanto ao divulgado, obviamente que só os interessados terão conhecimento deles aos restantes provavelmente passará despercebido. Essa técnica é muito usada no meio das empresas tecnológicas :(

    Vou dar-lhe um exemplo, não podemos acusar o JPP e o seu Abrupto ou o Daniel Oliveira e o seu arrastão ou o CAA no Blasfémias, e por aí fora de serem astroturfers. Exactamente por as suas opiniões estarem identificadas com quem a profere. Já no caso do Valupi e dos seus Posts tal certeza não podemos ter. Não podemos afirmar que não é um “funcionário a soldo” e claro que sabe porquê!

    Imagine que eu era um rapaz que era funcionário do PCP e me fazia passar por um simples anónimo, acha que é indiferente as minhas opiniões estarem ou não identificadas com uma pessoa do PCP? Eu não acho!

    Depois vem a antidemocracia, claro que o anonimato é um direito que nos assiste, mas se queremos ser levados realmente a sério……………. Onde está a antidemocracia por haver dúvida? A dúvida é a mão da filosofia, que é a mãe de todas as ciências!

    Agora não percebo porque é que a afirmação do Pacheco Pereira pode ser difamação, aponta nomes incorrectamente, não, apenas fala de um fenómeno que existe. É como dizer que existem pessoas que recebem indevidamente o RSI! Acha isto uma difamação? Não me parece.

  12. Atenção aos direitos de autor, julgo que já há um do Taveira, Zézé Camarinha e um tal valuti, tatupi ou o que é, que se chama Fodestroika.
    Féte átanssiôn, como dizem os ingleses.

  13. Não se está aqui a discutir o que seja um “astroturfer”, mas sim as afirmações do Pacheco Pereira, as quais pressupõem um conhecimento factual e detalhado – caso contrário, se forem apenas ecos do “vox populi”, não terão valor e põem em causa a sua credibilidade.

    Quanto a mim, não entro dentro do grupo dos anónimos, mas sim dos que utilizam pseudónimo. É coisa bem diferente. A qualquer momento, responderei pelos actos desta personagem de alcunha “Valupi” se tal for requerido e necessário. De resto, outros colegas de blogue, ainda presentes ou já desligados, conhecem o meu nome de BI, têm os meus contactos e uns até estiveram comigo presencialmente ou poderão estar a qualquer momento. Assim, é indiferente a assinatura ter Valupi ou José Silva.

    A dúvida pode ser a mãe da filosofia (embora, na verdade, seja o espanto, mas essa é outra conversa), mas do que se trata aqui é de uma ausência de dúvida: Pacheco Pereira não duvida que os agentes, donos e empregados de agências de comunicação, pululam nos blogues em modo anónimo. Pois bem, como obteve essas informações? E por que razão se limitam ao registo da suspeita generalizada? Que é suposto concluir do que Pacheco Pereira escreveu ou qual a sua intenção?… Para mim, é uma difamação colectiva, relativa ao todo da blogosfera que se tenha pronunciado contra o desempenho e ideias políticas da Manela. Como eu sou um deles, estou a perguntar. Ofende querer saber?

  14. Para que conste e não me confundam com as politicas do silêncio, – longe de mim tal sorte, – pois eu gosto é de palavras e confronto de ideias, lá dizia o outro que “da discussão nasce a luz” e tendo a noção que faço parte da tal cambada que não encaixa nos parametros do JPP nem dos seus comparsas, e já que aqui cheguei, digo presente na tal contagem de espingardas de que o Shark fala.

  15. Valupi como comenta afirmações como esta “Estes novos comentadores, febris, não perdem uma notícia contra o Governo, contra algum elemento do Governo e, em alucinação e orgasmo, contra Sócrates” …. “Muitos dos votos do Bloco têm vindo desta mesma zona do eleitorado onde só há cegueira e ressentimento, frustração e impotência. É o chamado voto de protesto, mas devia antes chamar-se voto que não presta. A adesão deste eleitorado ao populismo e demagogia que o Bloco, CDS e PCP”?

  16. susete evaristo, agora é que o Pacheco pode começar a preparar a rendição.
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    Antão, como comento? Com facilidade e agrado. Tenho a certeza de que o autor dessas palavras é não só superiormente dotado para a análise política como ainda detém notável capacidade de expressão. É de pessoas como essa pessoa que as pessoas em Portugal precisam.

    E tu, como as comentas?

  17. seguindo um certo critério diria que são “e não tens como fugir à evidência – trata-se de uma difamação. ” Não lhe perece? Ou então
    Quero saber de que blogues falas.”
    quer dizer de que comentadores falas ….

  18. Ó homem, falava dos comentadores das notícias do Público online. Mas não afirmei que estivessem a soldo de alguma entidade maligna que deturpasse o seu testemunho. São indivíduos que querem participar no debate político, no que fazem muito bem. Contudo, estão a fazê-lo de forma primária e cega, na minha opinião.

  19. LOL, Eu sei do que falava, mas posso sentir-me insultado porque também leio o publico e também comento no publico, e quando acho que o governo faz mal comento contra quando acho que faz bem comento a favor!!!!

    Dê a voltas que der o que o JPP diz é um facto, há gente a soldo as escrever em blogs de todo o tipos, esse facto é inegável. Claro que o Pacheco Pereira queixa-se por onde lhe doí, mas ele afirma-o de cara destapada.

    Quanto ao Valupi ser ou não ser um desses a soldo, a mim pouco me importa, eu divirto-me a ler o blog e ás vezes a comentar, C’ést tout, como diriam os romenos!

  20. Claro que te podes sentir insultado com o que te apetecer. Há malucos para tudo. Mas isso não altera a parte objectiva desta questão: dizer-se que algumas participações em blogues são feitas por “donos e empregados de agências de comunicação” que não se assumem como tal, é grave. Se é verdade, é grave porque compromete o profissionalismo, deontologia e ética dessas pessoas. Se é mentira, é grave porque uma figura de referência na sociedade portuguesa está a mentir. Não permitir que se saiba se é verdade ou mentira, ou qual a percentagem de cada composto, é gravíssimo – porque atinge por igual toda e qualquer opinião que entre no critério de Pacheco Pereira.

    No entanto, o que ele disse não causou nenhum sururu. Se calhar, ninguém se sente atingido, se calhar ninguém está para se chatear ou se calhar ninguém dá importância ao Pacheco Pereira. Não é o meu caso em qualquer das possibilidades.

  21. Claro que não criou nenhum sururu, e sabe porquê? Porque é verdade! Mas é verdade e não se aplicam só a comentários contra ou a favor de MFL :)

    Lembra-se de uns comentários do Manuel Maria Carrilho quando perdeu as eleições para a câmara de Lisboa? Iam exactamente no mesmo sentido dos do JPP!!!!

    O fenómeno do astroturfing já existe há muito tempo não é de hoje!

    http://en.wikipedia.org/wiki/Astroturfing

    Só que hoje com esta coisa dos blogs tudo é mais rápido!

    Essas pessoas que estão a soldo também precisam de comer, provavelmente também têm filhos para alimentar. Provavelmente se arranjassem uma coisa melhor para fazer não fariam isso não lhe parece?

    O pecado maior não é dessas pessoas é de que paga por esses serviços :(

  22. RVN, só tens que consultar o livro em que vem a recensão que o então ideólogo do totalitarismo maoista fez do livro do A. J. Saraiva. Se não me engano é um livro exclusivamente de bota-abaixo contra a obra do AJS, com escritos de vários autores pequeninos e insignificantes a tentarem bicar a obra do muito maior do que eles. Tenho esse livro enfiado numa caixa e agora não me lembro do título. O livro Saraiva é de 1970 e ainda hoje se reedita. O do Pacheco e Cia. creio que é de 1973 e nem na altura se vendeu.
    Mas já há aí vários blogues a falar disso. Em 2008 já vi vários. O primeiro, um blogue solitário dum rapaz meu amigo, foi este:
    http://sapka.blogspot.com/2004_12_01_archive.html

  23. Ó pázinho, eu falo bem com quem se dá ao respeito. A quem me fala de pomadas e de herpes, eu mando logo levar no cu. E daqui não levas mais nada, capisci?

  24. Ah e quanto a levar no dito cujo, não experimento, tenho medo de gostar, e depois como o dito é meu seria uma chatice! Mas estou sempre disponível para escutar conselhos de gente experimentada dos assuntos! Por isso diga lá de sua justiça!

  25. Bem sei que agora arranjou vocação de revisionista, mas não tente virar o bico ao prego a estórias assim tão recentes! Ainda todos nos lembramos……

  26. Ibn, tu e o Pinto, que és tu visto ao espelho, são dois piolhos da púbis que andam aqui a semear lêndeas no Aspirina.

  27. Nik,
    Parece conviver mal com diferença de opinião!
    Talvez gostasse de que todos fossemos um rebanho de carneiros, mas felizmente há muita gente que gosta de pensar, outros, pelos vistos, parecem necessitar de exercitar essa faculdade, que infelizmente, não foi distribuída equitativamente no momento da criação. Mas se tomar alguma coisa pode ser que ajude!

    Deve ser pessoa interessante esse Filho, mais que não seja por causa de o fazer perder a compostura!

  28. Valupi,
    Vc está enganado! e vai ter de se arrepender!
    Assim é que está bem:
    É interessante ver a sanha com que Pacheco Pereira ataca donos e empregados das agências de comunicação, que pululam a sociedade, muitas vezes sem se identificarem como tal. Compreendo-o bem: para ele seria insuportável que algum profissional da comunicação obtivesse resultados com a ajuda dos “profissionais” da política.

    O JPP está carregado, diria mesmo vergado, às razões que o carregam.
    Ele, cuja passagem pela comunicação social é um voo de asa, um ligeiríssimo sopro de leves ideias cuja elevação só não é maior dada a limitação do Céu, não é mais que um filantropo. Aliás, tocado pela luz da razão!
    A sua repetida presença na comunicação social não faz parte da sua militância política.
    Não senhor.
    É para nos esclarecer, e para remediar os nossos erros.
    É uma espécie de Calvário do Senhor.
    Amen.

  29. tens que perceber que nunca gostei, nem gosto, de voyeurs, desde Alexandre pelo menos que se sabe que só se pode/deve pedir aos homens aquilo que se dá como exemplo,

    mas também se calhar meti-me a mais, não li com atenção toda a vossa cadência, no entanto estavas a fechar a caixa de uma maneira que julgo inaceitável, até para ti,

  30. também não digo isso Nik, aliás não foi bem para tua defesa que me meti, mas para lhe chamar a atenção, há para ali umas coisas que eu concordo com ele

    e para quem chama logo o pandeiro à colação numa discussão, só posso dizer, quer se queira quer não, que o atractor estranho está com pulsão

    e isto vale para ti também

  31. z, caraças!,
    só para certificar, tipo memória futura, não vá acontecer comigo ou a mim: quando se chama o pandeiro à colação é porque o atractor está com pulsão?
    hum…

  32. z,
    pronto, ok, era só para saber, tinha uma ideia diferente.
    só conhecia a técnica inversa, chamar o atractor à colação por estar com pulsão o pandeiro.
    vidas, é o que é.

  33. (só espero que nada nesta última parte dos comentários fosse a propósito do pereira, custa-me imaginar o jpp despenteado, entregue a pulsões)

  34. OK Z,
    entendido e não deixa de ter razão!
    Muito provavelmente não devia ter respondido dessa forma ao Nik, mas como diz o povo, quem não se sente não é filho de boa gente ;-)

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