Bute lá avaliar a Ministra


Na imagem, vemos uma professora encantada com a bandeira sindical que agita. De notar o facto de estar aos ombros de um colega, assim revelando a coesão da classe. Esta manifestação reuniu 250 mil professores em Lisboa, no dia 8 de Novembro, mas a contagem ainda não está concluída, podendo facilmente chegar aos 500 mil nos próximos meses.

Maria de Lurdes Rodrigues é a responsável ministerial pela tentativa de instituir um modelo de avaliação docente na escola pública. A classe profissional com que tem de lidar corresponde a um tipo único de empregados do Estado: funcionários públicos liberais. Cada professor tem-se comportado até agora com uma oligárquica autonomia profissional, posto que se limita a esperar que o tempo o recompense. Faça o que fizer e como ficar feito, basta-lhe não ser denunciado por alguma ilegalidade para se descobrir promovido e premiado pelo Estado. Milhões de portugueses passaram pela escola pública achando normal que os professores não fossem avaliados, apenas que fossem avaliadores. Como poderia um avaliador ser avaliado, questionava-se o português, sem com isso mergulharmos num abismo sem fundo? Era o clássico argumento da causalidade, de tão boa memória tomista, a exigir mais uma avaliação para cada novo avaliador do avaliador anterior. Série infinita, inútil despesa mental para um descrente que até agradece a simplificação absoluta do processo: deixem lá os professores em paz e nem pensem em avaliá-los ou, em exacta alternativa, ofereçam-lhes a fabulosa auto-avaliação e não se fala mais nisso.


Décadas de imobilismo acumularam ferrugem e sarro que agora desesperam, esganiçam e protestam contra a limpeza. Os portugueses foram levados a ter respeitinho por fotografias de Carmona e Salazar, e ainda crucifixos, a fazerem bando com palmatórias, berros, agressões físicas, castigos arbitrários, humilhações psicológicas e sociais vindos dos professores. Com o 25 de Abril, mudou a decoração nas paredes, acabou a tripa-forra da violência professoral, mas não desapareceu a bizarra ideia de que a sala de aula era do professor, e que ele podia fazer nela o que lhe desse na telha. Mesmo nas situações de conflito, a escola e o Ministério da Educação defendiam sempre o professor, ensinando ao aluno e encarregado de educação que os professores não erram, se errassem não podiam ser professores. Os portugueses, na verdade, não estavam nem um bocadinho-dinho-dinho interessados na qualidade dos professores que calhavam na lotaria aos seus filhos, estavam era muito preocupados com essa operação que consiste em escrever um número superior a 2 ou 9 na pauta final do ano lectivo. Isto é assim – e isto é mesmo assim – porque os portugueses desenvolveram uma concepção mágica do que deve ser a meta pessoal para a sua existência neste planeta, a qual consiste no seguinte binómio: ter o máximo de cunhas e pagar o mínimo, ou nada, de impostos. Naturalmente, as exigências desta dupla actividade não deixam tempo aos papás para cuidar da educação dos filhos em casa; e ainda menos na escola, onde estão professores bem pagos para tomarem conta deles e não os deixarem sair do recinto antes da hora.

Vai daí, a nossa actual Ministra da Educação tem pela frente o desafio mais difícil do Governo nesta legislatura, se excluirmos o que se passou com a toxicidade das reformas na Saúde, pois enfrenta uma união de reaccionários, sindicalistas e militantes radicais, os quais recorrem a todos os estratagemas para boicotar a introdução de um princípio de qualidade na progressão dos professores na carreira. À volta, os pais assistem sem se manifestar, passivos e alheados. São uma força de inércia que não admite neutralidade, estando a validar com o seu silêncio a revolta dos que não querem alterações à vidinha a que julgam ter direito. Caso Maria de Lurdes Rodrigues, cuja dedicação ao bem comum lhe transparece no rosto e nas palavras, consiga o feito quase miraculoso de acabar com uma cultura de irresponsabilidade já com 70 anos, algo de extraordinário terá acontecido em Portugal.

83 thoughts on “Bute lá avaliar a Ministra”

  1. aqui não concordo contigo, acho que ela não é intelectualmente honesta e se fosse já se tinha demitido. Agora os prof.s autoavaliarem-se e acabou aí, é do pior, isso é que é burocracia para nada.A avaliação tem que ser simples e objectiva e a medida do sucesso do professor é a medida do sucesso dos seus alunos, mais umas coisas subsidiárias desse aspecto maior.

  2. Valupi faço minhas as suas palavras! Era exactamente assim, as paredes das salas de aula decoradas com grandes molduras, desses dois, que há muito que estão a fazer tijolo. A violência perpetrada pelos professores sobre os alunos e quanto menos afortunados e humildes, mais levavam, a régua impunha a ordem, inspirando-a pelo terror! Eu própria, num infortunado dia estreei uma e, pesada que ela era! Há dias que todos andávamos na expectativa de quem seria o primeiro a experimentá-la, calhou-me a mim que era espevitada! Ainda hoje me dói a humilhação, ganhei um ódio visceral à professora e pensei, até, em a matar, mas não sabia como… Na minha meninice tive oportunidade de observar situações na escola que, se as tornasse públicas, davam que pensar devido aos exemplos desastrosos que constituiam! Talvez as fizessem à minha frente partindo do princípio que sendo criança não percebia patavina mas, já nessa altura, detinha a sensibilidade suficiente para perceber o que estava certo ou errado. Contudo não sou apologista da violência dos alunos sobre os professores. Que cada um cumpra o papel que lhe compete!

  3. que chatice isto em Mumbai, e um pouco por todo o lado,

    se eu estiver errado nisto da ministra não me importo nada Valupi, que seja o que fôr melhor para o país,

    bazar

  4. Maria da Graça

    Se não conheceu a escola de antigamente, está, em parte, desculpada. Se conheceu, andou a beber na fonte errada, para dizer o que disse. E o insulto não tem graça, embora a Graça esteja prenhe dele.

  5. mas onde é que vocês andaram na escola , credo? em guantánamo?
    De todas formas eu também não percebo a “carreira docente ” ,subir de posto na hierarquia e passar a ganhar mais só por estar lá anos , sem mudar de funções e responsabilidades , e até com redução de horário , é assim um bocado esquisito.

    Talvez a explicação se encontre na composição do parlamento quando legislaram essas mordomias todas. Agora juristas são ao pontapé , se calhar na altura eram professores a pontapé.

  6. A desfaçatez…

    Ai era o modelo da ministra?

    Ali ao lado, num canal, acabo de ouvir ao vivo: é o modelo e o estatuto da carreira docente. Há que acabar com a categoria de professor titular e as quotas.

    Tudo a marchar ao mesmo ritmo, visando o mesmo objectivo. O topo da carreira para todos, como garantia.

    Tudo aos ungidos do Senhor, embora pagando o contribuinte. E, dizem, a bem da escola pública.

    em
    http://azereiro.blogspot.com/

  7. O que «impressiona» nos discursos dos apoiantes da secretária de estado das finanças é o cinismo neles presente. É que basta colocar a questão do para quê da avaliação para desmontar todas as mentiras que os Valupis gostam de reproduzir.
    A causalidade relevante aqui é a causalidade final, e o que se pretende com esta avaliação é tão só reduzir as despesas com a educação e apresentar resultados escolares artificiais. Portanto, o que a secretária de estado das finanças quer implementar é aquilo que os valupis consideram ser os interesses dos portugueses em geral: ausência de 2 e 9 nas pautas e pagar poucos impostos (neste caso aqueles que seriam necessários para construir uma escola de qualidade onde as turmas teriam menos alunos e onde os profs não perdem tempo com actividades burocráticas, mas se dedicam a ensinar). Basta lembrar os resultados «espectaculares» do exame de matemática do ano passado para se perceber quais são os objectivos reais de um governo povoado por tecnocratas (e por tecnocratas por fax) aldrabões, ou seja por especialistas na manipulação de números, mas também por especialistas na manipulação discursiva -que encontram o seu eco na cassete dos valupis.
    É sabido que este modelo de avaliação foi basicamente copiado do Chile, que o implementou seguindo recomendações do FMI. É um modelo que não existe em qualquer país da Europa, a começar na Finlândia e a terminar nos outros todos. É um modelo que vai destruir a escola pública, ao transformar os profs em burocratas preocupados em apresentar papeis acerca de tudo e de nada, e cada vez menos empenhados em ensinar. Mas quem disse que ensinar era um objectivo para a «escola» projectada pela secretária de estado das finanças?

  8. Caro/a ds

    Parece que uma escola de qualidade tem que ser uma escola cara. Mas não.
    O que há que ter em conta, é que o pagamento por igual, a garantia do topo da carreira para toda a gente, só são possíveis com enormes desperdícios financeiros porque, daquele modo, se paga como bom o que não presta e nunca se retribui devidamente o que é excepcional.

    Nestes termos, as reformas em curso – estatuto da carreira e avaliação – terão mesmo efeitos económicos e isso os contribuintes agradecerão. Quem suporta a escola – os contribuintes – não está disponível para suportar muito com o actual estado de coisas e que é mau.

    Se depois o modelo de avaliação compara bem ou mal com os de outros países, já pouco importa. Porque, neste exacto momento, o que é claro para todos é que a Fenprof e outros aliados não querem avaliação alguma, salvo uma autoavaliação que não lembraria ao diabo. E que pode ser consultada no site da Fenprof, sob a forma de projecto. Está lá com todas as letras.

    E não é só a avaliação que se recusa. Porque agora tb já se recusa categoria de professor titular (todos iguais) e as quotas (cacau para todos e do mesmo modo). E isto não garante a qualidade em lado algum, salvo milagre em que apenas os muito crentes acreditariam.

  9. Professor titular? Foi como eu disse: uma importação do Chile, que não se encontra em mais lado nenhum. Depois, se as funções de todos os professores são fundamentalmente as mesmas ao longo de toda a carreira (sendo que ensinar é – ou devia ser – a função principal), isso quer dizer que tal divisão é tão artificial que só a defende quem quer impedir a progressão dos profs (independentemente de serem bons ou maus) e apenas devido a razões económicas e não com vista a premiar qualquer mérito.
    Mas, pelos vistos, o moura pinto reconhece que pouco importam os outros modelos de avaliação que existem por essa Europa fora. O importante são as despesas e os impostos. Confirma-se, portanto, o que eu também disse. Mas ao menos assumam-no e deixem-se de tretas de que pretendem uma escola de qualidade e a melhoria dos resultados dos alunos. Assumam que em última instância o que queriam (ou querem) mesmo é o fim da escola pública para «libertar» o estado desse serviço e respectivas despesas.
    E só mais uma coisa: olhe que os resultados escolares de Portugal não são assim tão maus. É preciso contextualizá-los e relativizá-los para ter uma ideia mais correcta do assunto. É que se nos relatórios do PISA estamos numa má posição (ao lado de países com a Espanha, EUA ou Luxemburgo), se se tiverem em conta factores como o valor que as familias dão à escola, a situação sócio-económica das famílias, o esforço e empenho dos alunos no estudo, etc (ou seja, factores com influência nos resultados, mas que não dependem dos profs) então verificar-se-à que Portugal está bem colocado. Em que lugar? Quinto! À sua frente só estão a Austrália, Bélgica, coreia do Sul e Holanda. Coisas que os manipuladores da secretaria das finanças não gostam de revelar….

  10. O que a Fenprof propõe é descaradamente uma pouca vergonha.
    A Fenprof foi sempre um travão muito forte a todas as tentativas de reforma neste país,o que resultou no facilitismo actual do ensino e que na verdade, foi sempre do agrado da maioria dos professsores, nunca lhes exigindo grande empenhamento.
    Certo que existem inúmeras condicionantes que contribuem para o estado actual da educação, mas não se pode excluir a responsabilidade desta classe.
    Eu como pai conheci óptimos, bons, normais , maus e PÉSSIMOS professsores.
    Os professores sabem que os maus e péssimos professores continuam impunemente a com a sua ignóbil missão e comparativamente ao resto do país muito bem remunerados.
    Concorda-se facilmente que o modelo actual pode ser melhorado, especialmente na burocracia e em outros aspectos. Mas será que os professores estão estão verdadeirament interessados a chegarem a uma plataforma de entendimento?
    A mim parece-me que não, na realidade querem manter o estatuto que sempre conseguiram ao longo de todos estes anos e para isto há que anular mais esta reforma. Argumentos são fáceis de encontrar, vontade para melhorar não sei…

  11. ds

    Vamos lá a ver se percebo.

    No comentário anterior citava o exame de matemática parece que a propósito de mistificações estatísticas. Mas agora dá-lhe jeito vir com o PISA e não sei que mais ainda para concluir que estamos bem, que nada deve ser mexido. As classificações que cita não estarão prejudicadas por aquilo que antes contestava?

    Não haverá aqui contradição alguma? Talvez não…

    Sim, professor titular ou o que se lhe queira chamar. Até pode ser professor grau 1, 2 e por aí fora. Teme que se distingam uns de outros com o argumento curto de que todos fazem o mesmo que é ensinar? Mas ensinam exactamente do mesmo modo, com os mesmos resultados, como se a profissão de professor só fosse acedida pelos ungidos do Senhor, todos iguais e todos bons? Porque raio isso não se aplica a todas as carreiras profissionais? Porque raio um servente pode chegar a pedreiro e um professor é sempre professor, sem mais? Na tropa, na classe de oficiais, não começam todos no mesmo patamar? E chegam todos a generais? Veja o ensino superior. Não há ali graduações mesmo quando a mesma matéria é dada por um assistente ou por um catedrático? E se assim é, pegando no seu argumento – ambos fazem mesmo – porque diabo um é catedrático e outro não?

    Aliás, não conhece desabafos públicos de professores que se sentem desconsiderados porque foram a titulares colegas que entendem ser menos capazes que eles? Se assim é, não são os próprios professores a assumirem que há diferenças? E se há, por que não chamar os bois pelos nomes?

    Para que melhor me perceba: para mim é indiferente que o modelo tenha vindo daqui o dali. O que me preocupa é que os sindicatos não querem nenhum, salvo aquele que consta do site da Fenprof e ao qual de pode aplicar o que diz dos tais exames de matemática. Uma perfeita mistificação.

  12. valupi, Há muito que a ministra foi avaliada, só ainda não foi publicada a nota porque ainda não foi oportuno, mas a seu tempo será….

  13. Não, não há qualquer contradição. No primeiro comentário referi-me à aldrabice dos resultados do exame de matemática; no segundo referi-me à aldrabice que é não falar dos números que não convêm à secretaria de estado das finanças. Nos dois estou a falar dos aldrabões e das suas omissões e mentiras.
    Todos os professores têm as mesmas funções (ao contrário do general e do capitão), mas isso não quer dizer que todos as executem bem. Isso devia ser diferenciado, claro que devia. Agora, este modelo de avaliação não está preocupado com isto, mas apenas em criar artificialmente «generais» e «capitães», o quer quer dizer que teremos tanto «capitães» como «generais» a comandarem «companhias» no teatro de «guerra», ou seja a fazerem o mesmo…
    E já percebi que lhe é indiferente qual seja o modelo de avaliação, mas quem esteja realmente preocupado com a qualidade da escola e com a justiça na avaliação não pode ser indiferente. A não ser que o problema em causa seja o económico. OK, mas assuma-no, e deixem-se de tretas…

  14. ds

    Sabe que numa mesma escola onde, como diz – espero que mantenha – todos os professores fazem o mesmo – ensinar – há uns que estão num escalão e outros noutro?
    Sabe quanto escalões existem?
    Agora, só terá que para cada escalão arranjar um título, o que lhe der mais jeito.

    O que a Fenprof – e você tb – pretende é apenas que ao escalão cimeiro todos possam aceder sem condições, ou em condições sem a exigência que há para a demais função pública, como nas profissões privadas: a do mérito.

    E fico por aqui que, a argumentar assim e caso fosse professor, não poderia ser titular. Mas tb não o quereria, que sermos todos iguaizinhos é que é fixe.

  15. Sei, sei. E depois? Depois isso não é o mesmo que a criação artificial do dito professor titular.
    Não, não pretendo nada disso, como está explicito no meu comentário anterior, quando falo em diferenciar. E a cassete (porque se trata de uma cassete)do «mérito» já enjoa, até porque como eu já disse, e você reconheceu, o que interessa neste modelo é cortar nas despesas e não premiar qualquer mérito. Assuma de vez isso, e deixe-se de tretas.
    A argumentar assim como? Não percebi. Ah… Está bem… Já percebi. Ficou-se por aí e não disse mais nada.

  16. a. moura pinto,
    acho que se esqueceram do o avisar, mas o comício acabou ontem às 15 horas.
    Veja lá lhe lhe vá acontecer o mesmo que aos japoneses que não souberam que a 2ª Guerra Mundial já tinha acabado!

    Oh moura pinto isso é que é empatia ah, sim senhor, não é professor, mas quer pensar como eles, porreiro pá!

    Ou será que não é empatia mas faz como aqueles que desde para si esteja tudo bem, os outros que se lixem?? Se calhar é mais isso!

    Deixe-me dar-lhe outra novidade, ao que parece, o Largo do Rato deixou de distribuir senhas com pontos pelos rapazes que debitam a cassete em blogs. Assim, não vele a pena continuar pois não poderá ascender a lugar de titular de cargo algum!

  17. Ibn Erriq

    Habituei-me a outro nível de discussão…
    Fique com as bocas a garçolas, que é o que está ao seu alcance, dispensado que parece estar de usar a tolinha. Fique bem.

  18. Uau, a que nível de discussão se habitou Vexa ao nível da taberna ou do “Yes man”?

    Incomodam as graçolas? Porquê?

    Por falar em tolinha, eu até posso estar dispensado de a usar, mas Vexa está, pelos vistos, proibido. Sabe! É que estando dispensado, ainda a vou podendo usar quando ao meu livre arbítrio, já no seu caso….. Limita-se papaguear um discurso oficial.

    Fique Vexa igualmente bem!

  19. Há aqui um argumento inteligente que é mesmo decisivo: a história do Chile. O Chile, senhores! Lembram-se? Realmente, é preciso ser muito pateta para não ter logo visto o que entra pelos olhos adentro. O sistema de avaliação de desempenho dos professores e o estatuto da carreira docente vieram direitinhos do gabinete, isto é, do jazigo do general Pinochet para a 5 de Outubro!!!!

    Os tolinhos que falam do Chile deviam antes responder a esta singela pergunta: onde é que há no mundo inteiro um sistema igual ao português, um sistema que impede que os professores funcionários públicos sejam despedidos, excepto em caso de psicose aguda e condenação por tentativa de homicídio do PR? Um sistema em que se é promovido ao topo da carreira por mera acumulação de anos de serviço? Um sistema em que até o cretino do sindicalista dos bigodes chega ao topo da carreira, apesar de não dar aulas há 18 anos?

  20. Nik, sabe o que é a falácia da falsa dicotomia? Se sabe, não se faça de tolinho. Se não sabe, não seja tolinho.
    E a pergunta relevante não é a que fez. A pergunta relevante é a que eu fiz no meu primeiro comentário: O que se pretende com esta avaliação (importada do Chile, que não o do Pinochet)? Melhorar o ensino? Não! Reduzir as despesas do Estado? Sim! Então, volto a dizer: assumam-no e deixem-se de tretas. Assumam-se como aldrabões. Mostrem mais coragem que o inginheiro…

  21. Mas que raio de mal pode haver na redução das despesas do Estado? Eu, contribuinte, agradeço. Mas, ainda como contribuinte, não espero que a contrapartida seja a desqualificação da escola pública. Uma coisa – redução de despesas – só tem como consequência a redução da qualidade do ensino para quem não é capaz de assumir que:

    a) É um desperdício financeiro pagar a todos por igual, permitir que todos cheguem ao topo da carreira, apenas em função do tempo, com base no mero virar de folhas de um calendário; nisto, repito, os professores seriam uns ungidos do Senhor, titulares de direitos divinos, à custa do contribuinte. Porque em mais nenhuma profissão, pública ou privada, tal é defendido ou tolerado.

    b) A qualidade do ensino se defende assim, impedindo o reconhecimento do mérito e que este seja premiado. E, naturalmente, deixando de fora quem o não merece.

    A questão não se cilindra com o epíteto de aldrabões. E tretas são as tiradas não fundamentadas e que poisam ou se sustentam na mera afirmação de que se pretende apenas reduzir as despesas do Estado.

    Ou então, que haja a coragem de afirmar que se é contra a redução das despesas mas se é a favor da avaliação dos professores e das respectivas consequências na carreira. Que isto ainda não vi afirmado por parte de quem tanto se preocupa com as despesas.

  22. Caro sr. relevante: em matéria de trapaças lógicas e retórica falaciosa, um mestre como o sr. não devia vir atirar pedras a quem passa. O seu argumento do Chile não incide sobre o mérito ou demérito do sistema que MLR quer introduzir em Portugal, pretendendo o sr. apenas atacá-lo por um aspecto que não interessa absolutamente nada para a questão. O Chile podia perfeitamente ser pioneiro nesse capítulo, que o sr. relevante, com a sua argumentação, passava ao lado.

    A criação “artificial” do grau de titular é outro argumento vazio e falacioso. Há algum sistema de carreira ou de progressão que seja “natural”?

    Agora diga-me o sr. quais são então esses critérios “artificiais” para se chegar a titular? O tempo de serviço (que também conta neste novo sistema, como o sr. sabe)? Horas de aulas efectivamente dadas? Assiduidade? Exercício de cargos de gestão ou pedagógicos nos vários órgãos e instâncias escolares? Outras actividades extra-curriculares? Acções de formação efectuadas? Diga-me lá o quê, sr. relevante.

    Quanto ao quadro laboral da função pública portuguesa em que se introduziu essa reforma (insolubilidade do vínculo do professor funcionário público), acha o sr. que isso faz parte de alguma falsa dicotomia? Acha porventura que, trazendo o sr. aqui comparações internacionais de sistemas, não é obrigatório comparar também todos os seus diferentes aspectos?

    Como o sr. acaba com um insulto, retribuo-o: aldrabão é o sr. Está à vista.

  23. Quanto à redução das despesas com o ensino público, se isso fosse verdade, e espero sinceramente que o seja, repito o que diz Moura Pinto: onde é que estaria o censurável?

    Muito pelo contrário, é rigorosa obrigação da ministra (como de qualquer outro, incluindo saúde, defesa, obras públicas, etc) gerir a massa de sete mil milhões de euros orçamentados para o sector da Educação em 2008 segundo os melhores critérios económicos, pois, como o sr. relevante deve saber, podem gastar-se dez euros inutilmente ou, com cinco, conseguir exactamente o que se pretende, o que faz uma enorme diferença. O objectivo do ensino não é definido por economistas, mas sem rigorosos critérios de gestão e economia não se consegue chegar lá. Ora como o sr. relevante deve saber, gasta-se muito dinheiro mal gasto em todo o sector público.

  24. Nik, não sabe ler? Quando eu digo que o modelo chileno serve um determinado propósito (o economicista) estou a avaliar o sistema que a secretária de estado das finanças quer implementar. Por outras palavras, estou a dizer que o seu «mérito» reside em razões financeiras, APENAS. «Mérito», para quem pensa que esse deve ser o objectivo das politicas da educação… Olhe, o Salazar também controlou de forma rigorosa o défice orçamental, mas a verdade é que a pobreza e o anafalbetismo também eram generalizados.
    É que ao contrário do que suas excelências dizem, um sistema educativo com qualidade não se constroi com turmas com perto de 30 alunos (como determinou este governo), mas com turmas com menos de 20 alunos, e a diferença de custos entre um sistema e outro é evidente: o primeiro é um terço mais barato, não é verdade?). O censurável, para quem defende a qualidade do ensino, está aqui: na subordinação do ensino às finanças (com a consequente degradação daquele) – finanças que por sua vez se subordinam muito facilmente aos interesses da banca… Mas os contribuintes «indignados» preferem atacar aqueles que foram classificados como os principais «privilegiados» da nação…
    A aldrabice e a manipulação são, de facto, uma imagem de marca deste governo. Mas eu sei distinguir os aldrabões dos idiotas úteis….

  25. Olhe que não… Olhe que não… O idiota útil é idiota duas vezes: é idiota e manipulável (ou seja, idiota outra vez); o inútil só é idiota uma vez, porque é idiota, mas não é manipulável (e daí a sua inutilidade).

  26. Espero bem que o governo, o actual e os futuros, se preocupem com a despesa da Administração Pública, ou, neste caso particular, com a despesa da Educação, que como se sabe, é suportada pelo dinheiro dos contribuintes (contribuintes são só os que pagam impostos: nem todos os que vão às manifestações dos professores são contribuintes, tais como os filhos, alguns pais, outros amigos; em resumo carradas de autocarros à borla e almoço garantido).
    Mesmo que o argumento fosse unicamente economicista, não deixaria por isso de ser legítimo, na defesa do interesse geral. E isto aplica-se a todo o tipo de despesa, e a todas as classes profissionais. Qual a lógica do Estado remunerar de igual forma um excelente professor e um péssimo professor? Ou por absurdo, porque razão não se acabam com os grupos na Função Pública, extinguindo-se as carreiras inferiores de assistente operacional e assistente técnico, fundindo-se tudo na categoria de técnico superior?
    É verdade que perder privilégios não agrada a nenhuma classe profissional. Mas meus amigos, já se esqueceram dos comentadores, políticos, jornalistas, dos homens da taberna, do gajo de Alfama, etc., que berravam por reformas? É preciso reformar a Administração Pública, pôr as contas em dia, isto não vos diz nada?
    O que é que entendiam por reformas? Mais dinheiro e menos trabalho? Não me parece.
    A estratégia sindical do comunista da FENPROP é revogar e adiar. Sabe-se bem, que sem governo de maioria absoluta não se fazem reformas. E o próximo governo vai ser de gestão, porque sem maioria absoluta, não se governa nada nem ninguém.
    E os professores, vá-se lá saber porquê, atribuem-se uma importância desmesurada. A que já tiveram no tempo da outra senhora.
    O que se pede a quem governa, é que o faça no interesse geral. E que demonstre equidade no tratamento dos diferentes grupos profissionais.
    Ficando de fora do sistema de avaliação, com progressões automáticas (isso mesmo, que nós não somos parvos), teriam um privilégio incompreensível quando comparados com os outros grupos da Função Pública.
    Agora é só convencerem-me das razões desse privilégio.

  27. O idiota inútil é idiota quatro vezes, caro sr. É idiota, é manipulado e julga que não é manipulável. A quarta é porque nunca o descobrirá.

  28. nik, caríssimo,
    «O idiota inútil é idiota quatro vezes», dizes tu, mas eu suspeito dessas tuas contas,
    não é que haja muita idiotia na inutilidade,
    é antes demasiada inutilidade para tanto idiota, acabam sempre por fazer jeito a alguém.

    (a quarta razão, chifruda, tem estilo)

  29. Z, fazes muito bem em discordar. Mas é estranho que fales em demissão. Porquê e para quê?
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    Joao, nem usaste vírgulas a mais, nem o que trazes está fora do contexto. Num e noutro caso, estamos a falar de educação. Muito obrigado.
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    Milu, e eu faço minhas as tuas.
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    Maria da Graça, tens de deixar de ler essas coisas que te fazem tão mal.
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    Mario, pois é.
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    ?, é esquisito e muito confortável.
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    a .moura pinto, estou contigo.
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    ds, o modelo até poderia ter sido copiado da Coreia do Norte ou da Lapónia. Para todos os efeitos, também em mais lado nenhum da Europa existe uma classe docente com os problemas da portuguesa.

    Tu não estás em condições de discutir o assunto com ninguém, pois tens a cachimónia cheia de mentiras e distorções. E depois não te aguentas à bomboca e desatas a chamar nomes a quem não repete os teus disparates. Obviamente, estás desesperado.
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    jv, nem mais.
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    Ibn, a Ministra não tem medo da avaliação, como se tem visto para pânico dos boicotadores.
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    Nuno, pois há.
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    Nik, estás a roubar-me as palavras.
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    JRRC, excelente comentário.

  30. «tens a cachimónia cheia de mentiras e distorções»

    Eh pá, não projectes a personalidade socretina nos outros!!
    Mas volto a dizer-te que a escolha do modelo chileno tem as suas razões (economicistas), e nessa medida nunca poderia ser escolhido o modelo da Lapónia ou outro qualquer (a não ser que tivesse o mesmo efeito… que o chileno).
    E estás enganado acerca do meu «desespero». Desesperados andam os socretinos que já mandaram calar a secretária de estado das finanças para não causar mais estragos, e que na sua última entrevista disse que o mais a satisfez no seu mandato foi ter recebido uma carta de um puto a agradecer-lhe pelo Magalhães, e que lhe dizia que quando for grande se vai inscrever no PS. Que lindo!
    Ah… Larga a droga, pá!

  31. Estás a referir-te ao facto de Sócrates já ter mudado as fraldas aos sindicatos, PC e BE? Se conheceres o inteligente que apostou tudo na estratégia da demissão da Ministra e na chantagem do ano eleitoral, diz-lhe para fingir que vai comprar tabaco e não voltar a aparecer nas reuniões dos boicotadores.

    E tens toda a razão, ds, isto de pagarmos altos salários durante décadas a incompetentes que nem se deixam avaliar, é uma sangria financeira que tem de acabar.

  32. «é uma sangria financeira que tem de acabar»

    Estás a ver como não é dificil deixar a droga? A rejeição do estado de negação em que vivias e das mentiras constantes que repetias acerca do propósito da avaliação (que nas tuas alucinações psicadélicas seriam a melhoria do ensino e a valorização dos bons professores), bastaram para tu conseguires libertar-te da droga, da aldrabice que estava alojada no teu cérebro. Conseguiste assumir que a aldrabice da droga era apenas uma fuga, uma forma de não encarares a realidade e a verdade economicista do modelo chileno. Parabéns!
    Agora cuidado com as ressacas! Aguenta-te firme e não cedas, porque nesta fase seguinte as dores são insuportáveis: não cedas ao nervosismo nem à ansiedade que a greve de quarta-feira vai provocar em ti, porque se conseguires isso provavelmente conseguirás também resistir ao inevitável fim da secretária de estado das finanças. Vou-te dizer uma coisa para conseguires ultrapassar esta fase e não teres uma recaída: quem quer a demissão da ministra não é o PC, o BE, os sindicatos ou mesmo alguns militantes do próprio PS, mas sim a quase totalidade de uma classe profissional, pá! Aguenta!! Larga a droga, Valupi!

  33. Não conheço o ensino secundário para poder falar em termos vincados. Mas sei que no superior se diabolizava o secundário com impropriedade, ou seja procurava-se justificar taxas elevadíssimas de insucesso com as culpas do secundário, quando as razões eram outras: dava jeito chumbar muito para retêr mais alunos para pagarem mais propinas e fazer crescer os departamentos. O problema é que isso às tantas originou má fama a ponto de a taxa de abandono superar a de retenção e portanto menos propinas. Fui autor do primeiro relatório, que eu conheça, sobre o insucesso escolar no superior, logo a seguir ao meu doutoramento, e estudei o assunto mesmo, com análise de dados de 10 anos em espectro largo e 5 anos em profundidade, um lustro à lupa, e muita conversa cruzada com pessoas. O resultado é que fui para a rua, no meu departamento deixaram-me de falar. Mas o sucesso escolar por lá melhorou e muito, ao que me dizem.

    Parece-me que à portuguesa, coisas de honra mal sofrida, escolheu-se uma classe inteira para diabolizar, e embora eu não tenha nada a ver com essa profissão não posso deixar de me solidarizar. Os professores têm que ser avaliados através da medida de sucesso dos seus alunos e parâmetros subsidiários. Coisa simples e nítida, comparável e justa.

    Está-se a fazer muito mal ao país com esta coisa toda. Ao contrário de ti, Valupi, penso que não é possível governar a Educação contra os professores, na expressão massiva que demonstram, algo está estruturalmente errado nesta reforma da Educação, e não é só a defesa dos privilégios não, fui muitos anos professor de estatistica e o epifenómeno tem dimensão tal que só pode ser o resultado de múltiplas causas alavancadas numa resultante brutal.

    A ministra está irreversivelmente queimada para mim Valupi, queimou-se a si própria com aquela do irrelevante, por todas as implicações, disso não arredo pé.

    O DS tem razão no que diz. As razões profundas disto também são uma reforma sobretudo económica.

    O facto, factinho provado, é que os prof.s estão em luta em massa, numa altura em que a profissão está em mutação, isto da internet tem muito que se lhe diga na futura aliás já presente educação.

  34. Olha Valupi, mais uma coisa: disseste-me para publicar e eu aproveitei a onda, porque também andava com sentimentos assim e muito tempo disponível. É 5 páginas mas muito denso, tem algo de mercado marroquino, Marraquexe, chá de menta et al. Vai para o ar amanhã que é Restauração e vai dedicado a duas pessoas, uma és tu. A outra percebes. Espero que gostes.

    Não tem nada a ver com a nossa discordância aqui nisto da ministra. Eu também acho muito bem que discordes (sra ministra: é um paradoxo no sentido próprio do termo),

  35. Gostava apenas de sublinhar uma coisa: avaliar desempenhos é necessário. Sem avaliação não sabemos que os objectivos perseguidos estão a ser alcançados. Confrontar desempenhos, disseminar uma cultura de exigência e rigor é necessário, para evoluirmos. Rejeitar liminarmente qualquer avaliação como fazem os Sindicatos é um acto de irresponsabilidade. Apoiar esta postura é um acto egoísta. Pela minha parte penso nos outros, penso no futuro, favoreço a avaliação de desempenho dos professores.
    A Ministra, parece-me, ter carradas de razão.

  36. “b) A qualidade do ensino se defende assim, impedindo o reconhecimento do mérito e que este seja premiado. E, naturalmente, deixando de fora quem o não merece.”

    Aí estamos de acordo, é pena que isso não se aplique na educação em Portugal. Se considera que subir falaciosamente e de forma mentirosa as classificações dos alunos é premiar o mérito, então estamos conversados.
    Ah, já me esquecia, Vexa, não gosta de graçolas, só de discursos oficiais!

  37. José Manuel Dias isso dito dessa maneira é de tal forma evidente que só podemos que concordar.
    Agora deixo-lhe uma pergunta, concorda com a avaliação a todo o custo?

  38. Ibn, a Ministra não tem medo da avaliação, como se tem visto para pânico dos boicotadores.”

    Quem é que disse que a ministra tem medo da avaliação? Acha que é importante sabermos os temores da ministra?

    O que disse e reafirmo, é que a ministra já foi avaliada, só ainda não foi publicada a nota, por agora não ser oportuno, mas a seu tempo o seu avaliador vais tornar a nota pública.

    Já agora, como sabe que a ministra não tem medo de ser avaliada, é Vexa que lhe faz as sessões psicanálise, ou está numa de Zandinga e bota-se a adivinhar?

    o Valupi de repente faz-me lembrar um certo rapaz que continua a achar que PSL foi o único bom PM de portugal ;-)

  39. Este é para mim o gde problema de fundo, como escreveu um comentador, “Sabe-se bem, que sem governo de maioria absoluta não se fazem reformas”. Está mal! Nos países ricos da europa com cultura democrática isto não acontece assim! Fazem-se as reformas com governos de coligação! Temos de aquirir essa “capacidade”. A sua ausência trouxe-nos até aqui.

  40. A todos os profs e em especial ao Anónimo das 18:38 que fez uma lista de disparates no profblog.org, mas que agradeço:
    a)Coordenação de Departamento não remunerada;
    – Têm que dar 36h por samana , sabiam?

    b)Aulas de apoio não remuneradas;
    – Afinal já não é a avaliação o problema? É o trabalho? Não querem? Podem sair que há outros que desejam trabalhar.

    c)Aulas de substituição não remuneradas;
    – Afinal é dinheiro que querem mais ?

    d)Direcção de Instalações não remunerada;
    – Que é isto de direcção de instalações? Foi promovido a porteiro?

    e)Desenvolver actividades extracurriculares não remuneradas.
    – A questão é vos mandaram dar aulas e trabalhar? Tadinhos!

    f)Visitas de estudo não remuneradas.
    – Queriam dar mais passeios e receber em dobro? Além do que já recebem pela tal hora de passeio? Está-se mesmo a ver!Injustiças! exploração do Homem pela Mulher!

    g)Reuniões fora de horas não remuneradas.
    – Se calhar foi a Ministra que vos mandou marcarem essas reuniões infindáveis de quem não se sabe organizar nem trabalhar. Coitados!

    h)Reuniões à noite, fora de horas.- à noite? Ui!! Corror!! e o lobo mau não vos apareceu? Não comeu nenhum de vcs?

    i)Ficar fechado na Escola horas sem fim, sem condições de trabalho, em vez de estar em casa a preparar as aulas.
    – Deve ser mais a preparar as explicações. Enganou-se?!

    j)Estar na Escola à espera que um colega falte, como se os colegas cumpridores fossem os responsáveis pelos colegas faltistas; apontem uma outra profissão onde se passe o mesmo.
    – Oh Diabo!, não me diga que há faltistas na vossa profissão? Há-os que não querem ser avaliados?
    E vc aí mais para a frente vai dizer que TODOS deviam ser iguais e proguedir igualmente na carreira, não vai? Eu sei que vai! Daqueles que faltam todo o ano? Dos que não querem saber da EP para nada? E vcs estão solidários com esses e que a EP se lixe, não é? Que maçada essa de ter de dar aulas de substituição . Um horror!E vc pergunta se haverá outra profissão em que tal aconteça? está a reinar? nunca ouviu falar em profissionais dignos? Mineiros, Médicos, Polícias, Militares???

    k)Que a Sra. Ministra obrigue a trabalhar mais horas e o agradecimento passe apenas por um obrigado cínico no Parlamento.
    – Já está melhor: Srª Ministra. Gostei. Agora é que borrou a pintura. Então se a Ministra agradece, é cínica, e vc insulta-a? Como educador estava a pedir um correctivo!

    l)Que um colega de outra disciplina assista às nossas aulas.
    – Palavra ? Isso pode acontecer? Um outro colega a assistir? Um horror e umatentado à vossa imensa capacidade profissional para produzirem jovens bem formados e com qualificações. parece impossível!! Já não há privacidade!

    Mas isso já não foi alterado para colegas da mesma disciplina? Vá lá ver os apontamentos, homem…

    m)Que as notas dos alunos que não querem estudar te impeçam de progredir na carreira. – Lá está vc com lapsos de memória. Ou com ataques de vigarice? Isso não foi alterado p/ Ministério? Ou no máximo daria uma míni perdentagem na avaliação compensada por outros items? Faça lá um esforço que vc chega lá!

    n)Com o congelamento dos vencimentos e progressão na carreira.
    – Fácil! faça o favor de se auto-avaliar e de promover a avaliação e já vai ter progressão. Não quer? Pois bem, fica retido como vcs fazem a milhares de alunos marginalizados…Simples nao é?

    o)Que a maternidade, morte de um familiar próximo te impeça de progredir na carreira.
    – Porquê? A aldrabice e a mentira não são para aqui chamadas. Onde é que isso está escrito? Juizo!

    p)Com o Estatuto do Aluno.
    -Qual o problema do EdA? Vcs não querem que as crianças sejam os destinatários da EP? Não querem que este País se torne como os outros? Só querem direitos, sem deveres? e o contribuinte a pagar? reformas aos 52 aninhos? com 2500 Euros e depois vão para os Colégios chupar mais uns tontos?

    q)Com a diminuição da autoridade dos PROFESSORES.
    – Porque é que há professores com autoridade com aulas decentes, que não faltam e cumprem e há-os como vc? Perderam am autoridade? Foi culpa de quem? da Srª. Ministra? Faça o favor!!! Antes do PS a Educação era uma maravilha? pois era. Vcs faziam ronha e recebiam por a fazerem! Acabou-se essa mama!

    r)Com os insultos e agressões por parte de alguns alunos e respectivos Encarregados de Educação.
    – Agora já começo a gostar. Não me diga que a popuilação escolar já não vos pode ver? Que vos dá na cara? E vcs continuam a fazer arruaças a comprar ovos tomates e a arrebanhar crianças para esses números de grande civismo? E depois não têm autoridade? Acha que deviam ter? Acha mesmo???
    Isto quem semeia ventos….

    s)Com a destruição da Escola Pública.
    – Não me diga que estas medidas de organizar e eses investimentos massivos são para acabar com a EP? Olhe que precisa de mandar ver essa cabeça e esses olhos!

    t)Com a divisão da carreira em duas: titular e não titular colocando Professores contra Professores.
    – Afinal lá volta a avaliação, perdão o ECD,: Todos no topo e ao molho!? Mesmo aqueles que aí em cima vc tratava de mandriões? Isso é que era um regabofe!
    Sem hierarquia nem respeito por ela, de preferência…

    u)Com as cotas na progressão.
    – —-Para professor é uma pena que não saiba o que quer dizer “Cotas”. Que tal umas Novas Oportunidades para um portuguiês básico?

    v)Com os critérios que levaram à escolha dos professores titulares.— Já vi que continua a não perceber nada do que fala e como escreve…Durante anos andaram a obrigar os jovens professores, acabados de entrar na carreira, a fazer o trabalho que não dava redução de horário – a única coisa que vos motiva depois do dinheiro!!!- e agorta queixam-se que eles é que ficaram titulares? Foi uma gaita não foi? Talvez umas grevezitas vos retemperem o ânimo!

    w)Com o péssimo ambiente de trabalho que se está a instalar nas Escolas.
    – Pois, compreende-se , o bom ambienmte era o do deixa-andar-que- logo-chumbamos-os-“gajos”-e-nós- parao-o-ano-nem-aqui-estamos, não era? A EP que se lixasse! e os filhos dos pobres também, que vcs tinham era explicações para dar!

    x)Com o fim dos destacamentos._ faltava esta pérola.O que era bom era tirar o lugar a akguém em Cascos-de-Rolha e, depois, ao abrigo de uma qq regra avulsa e idiota, requerer o destacamento par aonde queriam ficar…Dando assim a volta aos valores do CGP e à Listagem de prioritários…e a EP que se lixasse e os alunos que ficassem sem aulas durante meses á espera que toda a máquina se recuperasse das golpadas …Uma maravilha essa escola de que tem saudades! e a Ministra acabou com esse regime de tanta justiça e tanto rigor educativo? Lá está. Vc Tem razão. É mesmo para acabar com a Escola Pública. Continue a denunciar(-se) ! Vá por aí que toda a gente percebe ao que veio!

    y)Com os concursos por três anos. – Claro, o bom era concursos todos os anos e as escolas sem professores, sem projecto e sem responsabilidade. Isso é que era Bom: Posso dar-lhe uma boa notícia? Os Concursos qq dia acabam mesmo e então é que é ver os CEx. a escolherem os melhores e, os piores, a irem para os tais Cascos-de-Rolha….ou ficarem mesmo sem vagas…A culpa será toda da Srª Ministra. Tem razão!

    z)Com o trabalho excessivo.- É uma profissão de desgaste rápido. Veja a forma como se arrastam pelas arruaças e pelas passeatas de autocarro à custa das CM do PSD e do PCP…

    aa)Com a permanência na Escola de 40 horas.
    – Um horror! Tem razão. Qual é o trabalhador que permanece no local de trabalho por tanto tempo? Eu despedia-me!

    bb)Que os Professores se substituam aos Pais e que os Pais só sirvam para procriar.
    – Perdão? então os professorezinhos já não truca-truca? O ideal mesmo era uma escola sem alunos ! Sem filhos de qq natureza ou espécie! Façam uma greve a exigir as escolas vazias! Boa!

    cc)Que Professores tenham 10 Turmas, mais de 250 alunos e 1500 testes para corrigir por ano, para não falar dos trabalhos.
    – Sabe o que acho? Acho que o nível da matemática vai subir neste País. A ver os professores a praticarem tanto as continhas…pelo menos a aritmética básica vai ultrapassar o do português ( o tal das “cotas”)

    dd) …………………………………………

    Depois de tudo isto, a Sra Ministra agradece chamando-te preguiçoso, incompetente, mentiroso, humilhando-nos, colocando os Pais contra os professores, impedindo-nos de progredir na carreira.
    – Não me recordo de ela ou algum Secretário de Estado ter dito isso assim a frio…mas olhe que se não disse, dá para pensar depois de vos ver, ouvir e ler….cambada de madraços!

    Em resumo a Sra. Ministra dá mais trabalho e ao mesmo tempo diz que para dignificar a carreira tem que pagar menos ao impedir que todos cheguem ao topo da mesma.
    – O que a Srª Ministra mandou foi que fossem responsáveis e empenhados e quanto à progressão estamos conversados….

    O mais engraçado, é que ela ia implementando tudo isto sem darmos conta, só agora é que acordámos, dava a impressão que a reforma não era para nós. O grande erro da Ministra foi ter apertado, de uma só vez, tanto a corda e ela ter partido. “A carga era maior que BURRO e o BURRO caiu…”
    – E eu digo que dificilmernte se levanta! Quem sou eu para o levantar.

    Se tivéssemos assistido às reuniões sindicais e aderido em massa à greve aos exames há dois anos atrás nada disto teria acontecido.
    – Está a ver copmo afinal andar acordado e ser responsável pode dar benefícios?
    Que grande lição da vida, não é?????

    Passo a passo a Ministra ia levando a água ao seu moinho, implementado medida após medida sem que nós reagíssemos, ela pensou que nos podia sugar o sangue todo de uma só vez. Chegou a altura de dizer BASTA de tanta malvadez e injustiça.
    -Um horror! Coitadinhos!

    VAMOS LÁ VER QUANTOS SÃO OS “ADESIVOS” QUE ESTÃO AO LADO DA MINISTRA CONTRA OS COLEGAS, a favor de uma política nefasta que só tem o objectivo de destruir a Escola Pública e enviar os professores para os psiquiatras.
    — Olhe que eu estava capaz de o aconselhar um tratamento e uma baixa médica. Afinal vc já se lembrou disso!
    Mas tem que ser mesmo psiquiátrica? não pode ser por manifesta incompetência e falta de vergonha?
    MFerrer

    Novembro 30, 2008 8:45 PM

  41. Eu, para acabar com o argumento economicista, com que tb se ataca o modelo, proponho:

    1. A Fenprof exige que se mantenha o valor do orçamento da educação e, para futuro, que seja actualizado, no mínimo, pelo indexante da inflação. E cai o argumento economicista.

    2. Ao mesmo tempo, porque concorda com a avaliação, a Fenprof reclamará que os melhores sejam recompensados e os piores marquem passo ou, mesmo, sejam dispensados, a bem da escola pública que tb diz defender.

    3. Para isto, a Fenprof convocará uma manifestação, de modo a agregar à volta destas propostas os professores.

    Se assim proceder, eu irei à rua aplaudir a Fenprof e os professores. E mais: irei a Fátima agradecer o milagre, pois juro que passarei a acreditar mesmo em milagres. Sobretudo neste.

  42. O Moura Pinto, parece que há um ponto de entendimento entre Vexa e a Fenprof que é “Fenprof exige que se mantenha o valor do orçamento da educação e, para futuro, que seja actualizado, no mínimo, pelo indexante da inflação.”

    Vexa tropeça no seu próprio raciocínio, terá sido um acto falhado???

  43. Pode acontecer, tropeçar e cair mesmo… em cima de quem se cansa depois de ler 5 linhas. Nada confortável…

  44. Oh moura pinto,
    será que queria dizer mínimo ou máximo?
    Se é realmente mínimo qual é o problema? julgo que a Fenprof não terá grande problema em concordar com essa medida ;-)

  45. moura pinto,

    Não compreendi o que quer dizer, por isso, reformulo.

    Quer dizer que o orçamento do ME deve aumentar todos os anos acima do valor da inflação? é isso?

    Batota, tem Vexa a lata de falar em batota? Batota é promover a titulares sem garantir que os melhores professores foram premiados, isto sim é batota.

  46. Eu tenho dificuldade em saber o que consegue compreender. Pena aqui não poder usar os tais desenhos, que alguns não dispensam.

    Mas tento sem desenhos:

    1. Sim, como se usa o argumento do economicismo do modelo de avaliação, eu sugeriria à Fenprof que exigisse que o orçamento da educação fosse anualmente actualizado, utilizando, como mínimo, o indexante da inflação. Naturalmente que para o mesmo perímetro alvo, ou seja, havendo mais ou menos escolas, mais ou menos docentes, mais ou menos alunos, naturalmente que isso teria que ser tido em conta. E, já agora, sem conceder que não se tenha por estimável a preocupação pela racionalidade, como se o dinheiro dos contribuintes fosse para estoirar de qq maneira.

    2. A Fenprof exigiria isso – volte a ler o ponto 1 – ao mesmo tempo que defenderia que, em função da avaliação feita, uns ganhassem mais que outros e mesmo que quem não cumprisse os mínimos fosse dispensado da actividade.

    3. Para forçar isto – leia agora os pontos 1 e 2 – a Fenprof convocaria as manifestações que entendesse, procurando juntar o maior número possível de professores á volta destas reivindicações.

    Se assim for, eu irei para a rua aplaudir e prometo mesmo ir a Fátima agradecer o milagre. Porque isto seria um milagre.

    Eu noto que a sua compreensão não dá para muito. Mas os titulares – dizem que mais de 30 mil – são aqueles malandros que, para isso, se candidataram. Uns renegados, não são?

    E aos 30 mil convém que junte ainda os renegados que, tendo-se candidatado, não conseguiram chegar lá, por isto ou por aquilo.

    O método teve falhas? Admito. E pena foi não o terem solicitado como consultor. Estou certo que você conseguiria um modelo de concurso sem mácula alguma.

    PS. E desculpe a falta dos tais desenhos.

  47. Oh moura pinto, para quem não está habituado a alguns tipos de discussão, convenhamos que afinal consegue descer “baixito”, ao nível da discussão da taberna, como já havia referido.

    Deixe-me esclarece-lo, pode vir com as graçolas, de que não gosta, tentar menorizar os outros, mas como melhor que eu saberá, visto ser um erudito, quando se segue esse caminho é porque os argumentos não se valem por si próprio. Para que fique igualmente claro eu só consigo ler banda desenhada, exactamente por causa dos benditos desenhos, Já tentei Grass mas não correu bem desisti à primeira página.

    Podia explicar-lhe as regras da comunicação, mas seguramente, seria tempo perdido, pois Vexa conhece-as melhor do que eu. Mas como bem sabe, regra geral, quando a mensagem não é correctamente interpretada pelo receptor, o problema está no emissor, que não consegue por a linguagem suficientemente clara. Certo?

    Posto isto vamos ao que interessa (não sei se já excedi as suas 5 linhas de compreensão, assumo o risco).

    Ainda não percebi o Vexa pretendia era uma manifestação de 120.000 de desagravo a ministra de educação? Se é isso estou certo que o PS o conseguirá facilmente, conseguiu trazer gente de todo o país a festejar a vitória na câmara de Lisboa? Então isso será fácil, basta ir mostrar o carrilhão de Mafra aos idosos destes país e de passagem levam-nos a desfilar pela Avenida da Liberdade. Está a ver o PS já havia inventado a formula, por isso não lhe estou a dar novidade nenhuma, certo?

    Custa-lhe a admitir que o concurso para titulares foi batoteiro? tudo bem compreendo lá terá os seus motivos para essa dificuldade, em ultima instância não o pode fazer sem assumir as consequências. Aceito esse motivo que é tão válido como qualquer outro.

    Depois vem a questão dos bons e dos maus, erro seu, camarada. O professores titulares aproveitaram a circunstância que se lhes apresentou e, em meu entender fizeram-no muito bem. O que está errado foi ter surgido a circunstância, para si pequenas falhas, seguramente não foi um dos injustamente preteridos, pois, caso contrário, provavelmente teria outra opinião.

    Pelos vistos Vexa gosta de contemporizar os erros dos que lhes são “queridos” e diabolizar as falhas dos que abomina. Mais uma vez erro seu, seguramente, sabe porque não sabe?

    Não me contrataram como consultor para o referido concurso, pois não, mesmo que o fizessem teria que declinar o convite, felizmente ainda posso escolher com quem trabalhar. Mas desde já o informo, que não seria a minha maior empresa.

    Ah o seu primeiro ponto continua a deixar-me confuso, por um lado propõe que se aumente “à tripa forra” o orçamento do ME por outra quer reduzi-lo, Vexa decida-se. Bom a não ser que quando escrevei mínimo pretendesse escrever máximo!

    Mas havendo avaliação justa não levaria a que os melhores ganhassem mais que os piores? Qual é a dúvida?

    Estou certo que mesmo sem os seu gráficos, que imagino brilhantes, com facilidade conseguirá “decifrar” este comentário, pois o seu nível de abstracção será seguramente superior ao meu!

  48. Pois é, foi o que temia. Sem desenhos você ficou a ouvir os carrilhões de Mafra, pegou nos idosos, na vitória para a câmara de Lisboa, eu sei lá que mais lhe poderia ocorrer, desde que se tratasse de fugir ao tema, coisa em que se especializou.

    Esta militância de desgaste, já deu o que tinha a dar… só você não o entende.

  49. moura pinto, estamos perante uma profecia auto confirmada ;-)

    Fugir ao tema? Onde? Lei-a lá bem? Militância? Quem? eu só milito na anti-militância, julgo que será, essa sim, militância que lhe impede de ver o problema.

    E qual é o problema, o problema é que o JS não quis demitir MLR na primeira manif, embora, dentro do PS, na altura tenham tocado os carrilhões de Mafra a rebate. Agora gostava de poder demiti-la mas Outubro está aí não tarda nada e dar agora parte de fraco não é muito avisado. Mas quem sabe se mais dia menos dia tal não acontecerá!

    Mas não tente fugir ao tema, só porque lhe pisaram nos calos, não reduza o nível da discussão da taberna para a tasca! Vá lá contraponha. KO? espero que não?

    Existe uma técnica que consiste em deixar um porta aberta para ver o que o acontece, os “fortes” continuam na contenda, os fracos aproveitam a saída e zás, cá vou eu que já se faz tarde!

  50. Ibn

    Então você imagina-me a falar com o alter-ego do JS que vem aqui informar-me que quis demitir a ministra já por duas vezes?
    Nem pense. Bastar-me-ia com o original.

    Mas que quer que lhe contraponha, se não tenho bugalhos para os seus alhos, técnica em que se especializou?

    Vá lá, e levante o pezinho dos meus calos. Não abuse.

    E contrapor? Mas eu só do pró…

    Agora vou pegar no João de Deus, que sou bem mandado. Espero, no entanto, não ficar a lê-lo como me lê. Seria tempo perdido e João de Deus merece melhores resultados.

  51. ds, ok.
    __

    Z, a estatística quando aplicada a realidades humanas não admite leituras literais. Só para dar um exemplo grosseiro, não é pelo facto de milhões de pessoas aprovarem a pena de morte que ela passa a ser vantajosa e aceitável. No caso dos professores, a dimensão da reacção (a qual não se mede pelas manifestações, atenção, pois não se sabe nem o número de manifestantes, nem a percentagem de actuais professores presentes) tem razões de há muito conhecidas. As pessoas não querem perder privilégios, as pessoas têm medo das mudanças, as pessoas não confiam em ninguém. Por isso, recusam as reformas. Isto é particularmente melindroso e nojento na classe dos professores por causa da chantagem que se permitem fazer. Os sindicatos, seguindo a cartilha do combate sem regras, já vieram ameaçar a avaliação do 1º período, esperando que as famílias entrem em pânico e forcem o Governo a ceder.

    O que se está a passar, caro Z, é uma exibição paradigmática da escola boicotadora do PC, o qual já anda a espalhar o discurso da desobediência total, a recusa da legalidade democrática.

    (fico honrado com a dedicação, amigo Z, e desejo-te as maiores felicidades)

    __

    José Manuel Dias, certíssimo.
    __

    Ibn, és uma barrigada. Mas fazes bem em insistir, pois desconfio que acabarás por aprender alguma coisa. Vai é demorar um bocadinho.
    __

    MFerrer, grande comentário!
    __

    a. moura pinto, louvo a tua paciência e dedicação pedagógica.

  52. Valupi, não tens nada de melhor para dizer? Oh como Nós, sim Nós te compreendemos, tu que falas como grande sapiente acerca de tudo quando te demonstram que os teus argumentos são fraquiiiiiiiiiiiiiiinhos pura e simplesmente Piu, piu, piu. Fazes bem!

    P’ra ti todos os que não alinham pelo teu diapasão são barrigadas, enfim….. É mais uma forma de estar, muito legitima até!

    Os adjectivos devem ser usados com parcimónia porque podem fazer ricochete!

    —–
    moura pinto, se quis ou não, não sei, pelo menos teve a oportunidade, não a apreoveitou, paciência.

    Deixa lá o João de Deus em paz que não tem culpa nenhuma, de cartilhas julgo que Vexa não necessita, pois, ou muito me engano ou tem-na bem estudada. Pena é não ser a maternal! Será da proximidade que existe entre o largo do rato e o Jardim escola João de Deus? Nããããã.

    Como disse antes, quando confrontado com argumentos foge, também a Vexa Nós compreendemos. Esgotou-se Cassete?

  53. Ó Ibn

    Bolas, estava ali a cortar chouriço para um caldo verde. Desculpe este atraso. Mas sabe, isto pode não vir a propósito do seu comentário, mas que seria do meu caldo-verde sem a tora?

    É que já tenho o livro de reclamações cheio, tb por culpa sua, e hoje não posso comprar um novo.

    Fugir a argumentos eu? Nãoooooooo! A medalha de ouro é sua e não lha invejo. Se duvida, tente lá convencer a Fenprof a convocar a manifestação que lhe sugeri. Que foi aqui que você fugiu com o rabo à seringa, não foi? Como noutras ocasiões tem fugido.

    Mas apreciei esse seu ar de porta-voz, com o “Nós” neste e noutro comentário. Ou tratar-se-á de um singular majestático? Se é, deixe passar um tempo, que hoje é dia do D Duarte, com uma tirada que assusta, no Público desta segunda-feira, como é esta: “Se houver uma crise grave, ninguém acredita que a democracia a resolva”. Ele tb sente a mesma vocação para ser porta-voz, com o “ninguém”.

    Talvez estejam bem um para o outro. E leia bem o D Duarte. Sabe o que responde à pergunta “A monarquia é o último reduto do patriotismo?”. Pois é isto. “O último não. O Partido Comunista também é muito patriótico”.

    Como vê, fica-lhe aqui uma boa sugestão. Eu diverti-me. E já não sei a quem dar prioridade, se a si, se ao nosso pretendente ao trono. Deixe-me debruçar um pouco sobre este, sff.

  54. Se precisar de um azeitinho cá de cima para o seu caldo verde diga, terei todo o gosto em lhe ofertar umas garrafinhas de 0,2º. Se desejar umas chouriças ou uns salpicões curados pelo frio natural, diga e serão seus.

    Tivesse eu poder para influenciar a Fenprof e a minha recomendação ira noutro sentido diametralmente oposto aquele que a si lhe daria gáudio.

    Quanto ao Nós não voltarei a esse assunto.

    Relativamente ao D. Duarte Vexa saberá mais do que eu. Quanto ao PCP, é dos poucos partidos ditos de esquerda onde nunca votei. Portanto, se tentava tirar nabos da púcara, garanto-lhe que por cá agora estão meio pró geados.
    Não vou discutir consigo o patriotismo neste Post, pois seria demasiado off-topic, mas quiçá noutra altura.

    Mas se não foge aos assuntos tem muito por onde argumentar. Aguardamos!

  55. Ibn

    Não faça agora de mim interesseiro, não me tente, depois de me acusar de tanta coisa.

    E trouxe aqui o D Duarte por causa do “Nós”. Lembrei-me dele por ter o jornal aqui ao lado, cara em destaque.

    E não me interessam os nabos. Não gosto, a menos que sejam triturados e bem disfarçados numa sopa juliana, com muita cenoura, alguma abóbora, cebola, sem batatas e a couve, claro. E olhe que falo mesmo a sério.

    E sejam nabos da púcara ou não.

  56. Valupi, fica-te bem a modéstia mas é óbvio que escrever num blog é exercer a cidadania. Fui percebendo às tantas que és de psicologia ou afim, digamos ciências sociais e portanto vou contar o sermão ao vigário: com uma palavra se salva e com uma palavra se mata – e esta eu não sabia há relativamente pouco tempo, mesmo sabendo que um comando militar é uma palavra. E pela boca morre o peixe e eu já morri algumas, vá lá que o flopes é um majorante de ressuscitações.

    Estou aqui, addicted pela coragem e lucidez poética da tua escrita, sim, mesmo quando não concordo.

  57. Pois é Zêzito, a prosa do Valupi tem esta virtude boa de forma má de conteúdo, repara bem nos seus argumentos da instrumentalização dos professores pelo PCP. Ele nem se apercebe que está a fazer um elogio ao PC. Tomara o PC conseguir manipular os professores que são militantes do partido quanto mais os outros.

    O Valupi ignora no seu discurso que existe uma “plataforma” sindical que engloba sindicatos de várias tendências, PCP, PS, PSD, … e porque será? Isso não sei.

    Depois o Valupi ignora que uma boa parte dos professores são do PS, assim como a maioria dos FP. Será que eses professores dos PS se deixam manipular pelo PC? Duvido…..

    Depois vai o exemplo grosseiro da pena de morte. E quer o Valupi dizer-nos que há opiniões melhores que outras. Pelo seu exemplo podemos tirar outro exemplo igualmente grosseiro, porque raio há-de um partido governar só porque uns milhões achem que isso e tenham votado nele? Será isso o mais vantajoso e aceitável?

    Eu julgava que em democracia os número contavam, afinal parece que não!

    Depois vem a conversa da chantagem, não são todas as greves forma de chantagem e pressão?

  58. o Valupi lança boas polémicas que puxam por todos nós. Eu nisto discordo dele, acho que se tem de conseguir outro compromisso mais integrativo, e as manif.s por muitos pc’s que tivessem tinham mesmo muita gente e eu não fui lá.

    Mas para esta conversa não digo mais nada.

  59. eu não conheço o artista que escreveu o texto mas, ou é socialista ou familiar da ministra ou não bate bem da bola…

  60. Ibn, em democracia os números contam. São eles que dão legitimidade aos Governos.
    __

    Z, sou de filosofia. E por isso, mas não só, assino por baixo o que escreveste: com uma palavra se salva.

    Quanto a andares por cá, somos nós que agradecemos a alegria da tua presença.
    __

    a. moura pinto, afinal, estás à-vontade no meio das caldeiradas. Muito bem.
    __

    Rui, és bué da esperto.

  61. Ufa! ainda be, que é assim, já estávamos a ficar preocupados!

    Já pensaste que pode ser a conjugação de diversos factores não exclusivos, que podem ser o por ti enunciados e mais alguns?

  62. no comentário anterior onde se lê “Ufa! ainda be, que é assim,” deve ler-se “Ufa! ainda bem que é assim,”

  63. meus senhores,
    li tudo, até com redobrada atenção aqui e ali. Gostei munto, encontrei vários motivos de interesse, vários, mas reparei que pelo caminho terá caído a generosa oferta de «umas garrafinhas de 0,2º», mais o statement do ano: «Se desejar umas chouriças ou uns salpicões curados pelo frio natural, diga e serão seus.» Fiquei impressionado, confesso. Pois na ausência de outro interessado eu cá alembrei-me, enfim, de me sujeitar à dura provação, de cumprir por vós, para vos poupar. Ao contrário do paciente Pinto, caro Ibn: faça de mim interesseiro, by all means. A questão é uma apenas: quando?

    (temo que sugerir o acrescento de um painho, ou mesmo de umas cacholeiras, quiçá, possa vir a ser considerado um abuso, pois o meu caro que me diz, hein?)

  64. rvn
    se for aceite esse pedido (eu não quis incomodar o Ibn) não esqueça este servo; mais: os demais, certamente, estão disponíveis para uma patuscada. Ibn que abra a bolsa.
    PS. Bolsa dos enchidos, do azeite e quejandos, ok, Ibn? Basta isso.

  65. Fala-se em encher o bucho e a conversa muda logo de tom, é também por isto que “amo” ser português. Oh rapazes pois vamos lá à patuscada!!!

  66. Ou seja, o moura pinto foi aluno durante muitos anos, portanto, está habilitado a mandar uns bitataites. Eu que sou doente desde que nasci já posso fazer uns diagnósticos clínicos ;-)

  67. Boa, Ibn

    Se resultar avisa que pouparemos na saúde, onde muito somos obrigados a gastar.

    Mas será que, por exemplo, um guarda-nocturno nada mais poderia fazer ao raiar da manhã que não fosse ir dormir? Não seria demais?

    Há coisas, Ibn, que não dispenso. Como contribuinte, quero saber como se aplica o meu dinheiro. Como cidadão, procuro saber como andamos, como podemos andar melhor. E, se ao meu alcance, participar. Com bitaites? Que seja.

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