Britânicos atiram a UE ao lago

Com razão? Não sabemos. A UE não é bem bem exatamente a CMTV. Estes foram bem para o lago, embora devessem ter ido para o charco. Farage e Boris Johnson são uns demagogos que souberam aproveitar o péssimo momento que a UE, com a crise dos refugiados, e sobretudo a zona euro, atravessam para virem com nacionalismos eventualmente utópicos e tomarem o poder. Mas lá que esta era um pedrada necessária no charco, era. E se os tempos que aí vêm forem piores para nós, e tudo indica que sim (o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão já convocou uma reunião com os seis países fundadores da CEE e eu ainda não sei o que pensar acerca disso) “we will always have Britain“.

14 thoughts on “Britânicos atiram a UE ao lago”

  1. Vão ver o post do Gabriel Silva no Blasfémias para ficarem a perceber o que a direita tem a ganhar (tudo) ou a perder (nada) com a situação actual. A crise actual é a falência total da esquerda. Esperemos que sirva para ela acordar finalmente…

    Ah não, espera ! Vamos todos aceder ao paraiso brevemente juntando-nos ao pacto de Varsovia. A revolução vai finalmente triumfar…

    Boas

  2. engana-se a globalista postadora. foi uk que decidiu, soberanamente, abandonar o lamaçal em que se tornou a ue. aos revolucionários do 25 de abril chamaram bem pior do que populistas e demagogos e tal não os demoveu da sua visão. esta “união europeia” terminou aqui e muito bem. há muito mais e melhor que pode ser feito.

  3. ò viegas, tudo o que existe de mais facho e reaccionário rejubila com a saída do reino unido da união europeia, mas ainda estamos na fase ver-para-crer, os fachólas só saiem para a rua em manifestação ruidosa quando a coisa garantir votos. então teremos o regresso do irrevogável a dizer que sempre foi contra a europa e o massamólas que não se lembra, mas que “estava convencido de que, na época, era opção” e que nunca foi notificado.

  4. voto popular quando não agrada aos ignarôncios desta vida é popular e demagogo. o problema de alguma esquerda é que não consegue fazer uma análise justa e crítica quando colidem direitos fundamentais. mas isso é a maravilha da democracia e que torna alguma direita também necessária. hoje não é a derrota nem da esquerda nem da diteita, mas sim do neoliberalismo globalizante totalitário, acrítico, amoral e sem ética.

  5. Eu sei ignatz, mas o G. Silva não rejubila. Apenas diz que este passo mostra que a Europa devia contentar-se com ser um mercado livre e que tudo o que vai na direcção da Europa social ou da Europa politica, deve ser pura e simplesmente abandonado… O paradoxo das bestas tipo Farage é que se queixam de abusos de uma Europa politica que não existe na realidade, ao mesmo tempo que anunciam uma era de prosperidade com uma saida que, provavelmente, vai deixar as coisas proximas daquilo que elas são hoje : um mercado livre e integrado comercialmente, sem hamonização fiscal, nem social.

    Isto so foi possivel com a cumplicidade de uma esquerda que não acredita nela mesma, ou que acredita em historias da carochinha, que é outra maneira de não acreditar nela mesma…

    Boas

  6. “hoje não é a derrota nem da esquerda nem da diteita, mas sim do neoliberalismo globalizante totalitário, acrítico, amoral e sem ética.”

    épico. não é de esquerda nem de direita… é dos outros. quem serão os neoliberais globalizantes totalitários, acríticos, amorais e sem ética?

  7. O voto britânico, através de maus argumentos, veio por fim a um acordo hipócrita e de conveniência com a UE, na realidade já estavam fora. O grande problema é que a UE não conseguiu manter o equilíbrio para q foi criada, o domínio alemão com o alargamento a leste faz da UE uma máscara do governo alemão da Europa. As fracturas geopolíticas estão la todas, ainda. Não contem com os bifes para isso, por boas e mas razões, geopoliticamente e culturalmente não é o lugar deles. O resto é converseta.

  8. “… um mercado livre e integrado comercialmente, sem hamonização fiscal, nem social.”

    exactamente o que os liberais, conservadores e democratas-cristãos ingleses, alemães e holandeses inicialmente preconizaram como projecto europeu. é o regresso às origens com a cambada direitola ao volante. a coisa só lá vai com a cartilha delors e social democracia, tudo o resto é lei do mais forte e salve-se quem puder. o reino unido saiu por inabilidade do camarão e incompetência da direita inglesa.

  9. Penélope, nada como chegar ao Aspirina B ensonado e, logo de manhã (!), começar por escrever-se às 9:52 um post inspirado, cheio de trocadilhos à moda da casa (eis o toque culinário) e, ao mesmo tempo, moderadamente complexo.

    Nota, e agora iremos directamente do lago da CMTV para o canal da Mancha. Igual, ou um pouco melhor do que tu, foi ouvir-se na RTP 3 o José Rodrigues dos Santos dizer, estridentemente, que estávamos perante um «redesenhar das fronteiras» no… Reino Unido. É só meterem água, senhoras e senhores.

  10. “(o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão já convocou uma reunião com os seis países fundadores da CEE…” e com isto ficou tudo dito :) mas então acham mesmo que a Alemanha pode por e dipor e os da Albion a ver ?

  11. E se tivesse sido a Grécia a dar este imenso e democrático pontapé na prepotência burra da UE?
    Não foi não tinha votantes à altura.
    Lá veio a velha Inglaterra num antes quebrar que torcer.
    Churchill deixou genes neste povo.
    Não estavam à espera deste resultado ?
    Cá por mim sempre me pareceu plausível dado o grupo de burocratas que se passeia nas vermelhas carpetes e dá abraçinhos risonhos e condescendentes aos Ministros de membros de direito que limpam humildemente os sapinhos à entrada dos salões dos manda chuva guardadores do dinheiro que emprestam a juros especulativos.
    Augusto Santos Silva surpreende-me???
    Não vislumbro em suas palavras redondas e domesticadas o homem que tenho, até agora, admirado pela firmeza e inteligência de postura face aos factos.

    Espero que os caniches das guerras a pedido se vão acabando e a Europa possa ter política externa que defenda seus interesses e não do patrão que acciona tudo por telecomando.

  12. Esta União Europeia não vai a lado nenhum, os britânicos há muito perceberam isso e este voto é apenas uma manifestação de lucidez. A mensagem é esta: “Meus queridos, o barco está cheio de buracos e as madeiras podres de caruncho. O afundamento é inevitável se os buracos não forem tapados e as madeiras devidamente tratadas. Se vocês insistem que nada disso é preciso, pois continuem a navegar à vontade, mas não contem connosco para vos fazer companhia até ao afundamento final, com toda a gente aos gritos, cada um por si tentando manter a cabeça à tona à custa de empurrar as dos vizinhos para debaixo de água.”

    As consequências no “futuro” da União Europeia não serão mais do que um salutar acelerar do inevitável, que é o peido final da dita. Não é a vontade democrática dos britânicos, plenamente justificada pela arrogância dos sipaios eurocratas e seus donos, que destrói a UE. Quem dá cabo da UE são os ditos sipaios, que parece não perceberem que, a prazo, darão cabo dos seus próprios e confortáveis poleiros, que desaparecerão quando a UE der o bendito e derradeiro peido. E quem lhes dá corda é a arrogância estúpida da “nomenklatura” de um IV Reich de opereta, sem ao menos o cimento ideológico do III (o tal dos mil anos), que tinha a vantagem da clareza de um projecto que não enganava ninguém. Some-se a isso a não menos burra colaboração dos novos senhores de Vichy, satisfeitos com as migalhas que sobram da lauta mesa teutónica, e temos reunidas as condições para a tempestade perfeita. Que culpa têm os britânicos disso?

    A vitória do Brexit significa igualmente que, enquanto o Diabo esfrega um olho, teremos um Scottix, ou Scottexit, com os escoceses a dizer adeus a outra união, não a da Europa mas a do Reino (por enquanto) Unido. Já agora, passaremos a chamar-lhe o quê? Como já temos um país oficialmente chamado FYROM (Former Yugoslavian Republic of Macedonia), quando a Escócia lhes disser adeus teremos, provavelmente, o FUK (Former United Kingdom), ditoso primo daquele outro reino, onde impera a humidade, chamado FUCK.

    Resumindo e concluindo: Carry on and FUCK them all!

  13. O Fim desta União Europeia em avançado estado de putrefacção começou com a humilhação do Povo Grego quando disse NÃO naquele agora esquecido referendo e foi totalmente ignorado, melhor ESMAGADO, com a bomba atómica financeira que os obrigou á submissão.
    Os ingleses nunca estiveram verdadeiramente dentro, e não estando presos à moeda para eles era mais fácil. Resolveram sair antes que a Alemanha tivesse tempo de fabricar uma qualquer bomba atómica que se pudesse aplicar contra eles.
    Abriram a pestana e eu agradeço-lhes porque este é o primeiro verdadeiro tiro no porta-aviões alemão e nesta Europa alemã, nazi, fascista, e neoliberal radical.
    O caminho indica-se por si mesmo. Vejam: é regressar às Nações livres, democráticas, independentes, e a estabelecerem entre si relações bilaterais de cooperação à medida dos interesses de ambas as partes.
    É contra a Globalização e o domínio absoluto do planeta por uma elite financeira, podre, corrupta, e fascista que planeou submeter 99% de escravos para servirem os interesses de 1% de senhores.
    A saída dos ingleses desta UE é um passo para regressar à direcção certa. Eu prevejo que eles serão vítimas de todas as pressões mas eles são ilhéus, caramba. E um dirá virá em que todos seremos “ingleses”. Eu sou.

    PS: aquela imensa corja de gente NÃO-ELEITA de Bruxelas, sustentada a peso de ouro pelos impostos de todos nós (tipo Durão Barroso) é que tem motivo para estar muito preocupada. Este foi o 1º passo para ficarem desempregados. Quando esta filha da putice europeia acabar eles serão todos varridos.

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