Pensava eu que durante os governos de Sócrates se tinham esgotado os nomes feios para chamar aos governantes e as piores analogias e metáforas para ilustrar as suas acções. Como se tem visto nos últimos tempos, estava redondamente enganada. Por estes dias, até arrepia ler os jornais tal é a quantidade de material bélico e catástrofes naturais e outras que aparecem associados a este Governo e ao Orçamento. Pensar que, para os catastrofistas, no tempo dos PEC dos governos de Sócrates, o grande perigo que o País enfrentava era o de estar prestes a bater numa parede. Uma parede. Aposto que, perante esta avalanche de desgraças, muitos têm saudades dessa parede.
A verdade é que não é nada fácil escolher um termo que ainda não tenha sido utilizado, e ainda menos um que seja mais devastador. Por isso, decidi ir por outro caminho e escolher um termo mais simples, que toda a gente percebe e que, apesar de resumir o que todos pensam, ainda não vi escrito em nenhum jornal: o Orçamento é uma merda.
olha, parece que o Hollande concorda. Mais um a tentar arranjar problemas com o governo português: o Gaspar, já não lhe basta ter de ir pôr a Lagarde na ordem, agora tem mais este pela frente. E este é xuxa, pior ainda.Só ralações.
“…Aposto que, perante esta avalanche de desgraças, muitos têm saudades dessa parede…”
Também eu tenho saudades dos longínquos tempos, que abruptamente terminaram na primavera de 2011, em que se discutiam apaixonadamente desvios orçamentais de algumas centenas de milhões de euros e em que uma pequena subida do IRS ou uma ameaça de descida nas deduções fiscais era motivo suficiente para se recusarem PEC’s e se fazer cair governos…
…agora o Coelho/Gaspar inventaram os desvios colossais, o napalm fiscal e o terramoto fiscal. Os desvios orçamentais ascendem a vários milhares de milhões de euros e já não há limite para os sacrifícios que se possam exigir aos portugueses!…