Intermitência

“És bom na cama”, pergunta, esfomeada, a mulher ao jovem de aspecto másculo encostado, entre as luzes que brilham alto e a música que toca em raios de suor, a si. “Até agora nunca nenhuma mulher se queixou”, responde, confiante e orgulhoso, ele. E, poucos minutos mais tarde, ali estão, os dois, nus e excitados, sobre os lençóis molhados. Sentem-se, ambos, surpreendidos. Ela por, ao fim de apenas dois minutos, ele já ter chegado ao orgasmo. E ele por, finalmente, ter perdido a virgindade.

34 thoughts on “Intermitência”

  1. És dos dois ou três melhores bloguers que conheço, é pena é não postares muitas vezes.

  2. Apelo: O MUNDO PRECISA DE CUBA PARA SALVAR MILHÕES DE PESSOAS

    Jorge Sampaio alerta para falta de quatro milhões de profissionais de saúde no mundo

    Os gajos de Cuba podem ter montes de defeitos… no entanto, possuem o know-how necessário para formar a quantidade de profissionais de saúde necessária às populações!

    Tal como dizem os chineses – «não dês um peixe, ensina a pescar» – ou seja: a solução não é importar médicos cubanos, mas sim, pedir ajuda ao governo cubano… para que se consiga formar a quantidade de profissionais de saúde necessária!

  3. belo post, palmadinhas. Aveces dois minutos intensos ficam na mente como uma eternidade e outras vezes uma hora fica no ar. a explosão deveu ser impresionante.

  4. ela disfrutou não? acho que gostou, ela sabe que depois hão de virem dias mais compridos…) fâ-lo como uma brincadeira é muito belo

  5. E os bramidos desses dois minutos de loucura ? Ficaram gravados, ou também apareceu por lá o mitra que afana gravadores?

  6. Não, Sinhã. Não é possível agravar mais (seria reduzir a actividade neuronal a zero) nestes casos em que os dois minutos precisassem de gravadores para ficarem registados, digamos assim. :)

  7. Só não discordo mais de ti porque, lá está, o teu comentário desacelerou-me a actividade neuronal. :)

    O céu (com ou sem meditação), com zero neurónios em actividade? Tu é que és a especialista (ou eras, para mim, depois disto…), mas eu desconfio que isso não é o céu. Para a próxima, basta ligares um ou dois neurónios e verificas que logo ao lado dos passarinhos a cantarolarem e os ribeirinhos a correrem (é assim que imagino o céu) está um reboliço bem terreno. Se calhar está explicado o fenómeno dos dois minutos… :)

    (Andei aqui com um problema técnico, não conseguia abrir os comentários em tempo real nalgumas caixas, por isso não te respondi lá em cima. Afinal, o que é um trengo?) :)

  8. sim: o orgasmo é o céu: o nada no tudo. (os neurónios pertencem à terra. o orgasmo é, com a terra, chegar ao céu para regressar – e ficar -, na terra, estrelada):-)

    oh. trenguice é quando os neurónios ficam com bolhas nos pés. :-)

  9. Esse ‘obviamente’ era dispensável… creio que isso já indicia qualquer coisa que abona pouco em meu favor. :)

    Mas (e voltando à questão lá de cima) não concordo contigo. Desde quando é que a virgindade leva as pessoas a molharem inadvertidamente os lençóis? Não, a resposta está no texto. Foi a música. :)

  10. Desculpa, Sinhã, mas o nada que é tudo é o mito. Cito Fernando Pessoa. Mas tu só pensas em orgasmos…

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